A partir de julho, está previsto o início da retirada das tropas americanas do país
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve anunciar nesta quarta-feira seus planos para a próxima etapa da operação americana no Afeganistão, que prevêa retirada de tropas do país. “Ele está finalizando seu plano, apenas revendo algumas opções”, disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
Sem dar maiores detalhes sobre o anúncio, Carney disse apenas que o discurso será feito um dia antes de Obama viajar à base militar de Fort Drum, em Nova York, cujos soldados foram destinados ao Afeganistão com bastante frequência ao longo dos anos de ocupação do país. Acredita-se que o presidente revelará o número de militares que retornarão inicialmente para casa e qual será o ritmo da retirada, bem como os planos para transferir gradualmente a segurança do Afeganistão às tropas de segurança locais.
Segundo a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) decidiu em sua cúpula de novembro passado em Lisboa, o processo de retirada das tropas aliadas e a transferência da responsabilidade às forças afegãs devem ser concluídos em 2014. Atualmente, há cerca de 100.000 soldados americanos mobilizados no Afeganistão – mais do que o dobro que em 2009, quando Obama chegou à Casa Branca. Naquele ano, o presidente determinou o envio de 30.000 soldados adicionais.
Planejamento – Obama manteve nas últimas semanas uma série de reuniões com os integrantes de sua equipe de segurança nacional para planejar o início da retirada. Ele indicou que o primeiro contingente a deixar o país estará formado por um número “significativo” de soldados, mas outros representantes do governo, entre eles o secretário de Defesa, Robert Gates, pediram que o número fosse reduzido.
A retirada começará dois meses depois de uma operação das forças americanas matarem o líder da rede Al Qaeda, Osama bin Laden. A morte do terrorista deu novos argumentos para aqueles que defendem uma saída rápida do Afeganistão, uma guerra que completará dez anos em outubro.
(Com agência EFE)
Fonte: VEJA