Escritório de ajuda humanitária lamenta dificuldade para entregar as doações
As autoridades do Japão elevaram para 5.178 o número de mortos e para 8.606 o de desaparecidos em consequência do terremoto e do tsunami
Pelo menos 23.000 pessoas seguem isoladas nas áreas mais afetadas pelo terremoto seguido pelo tsunami que devastaram o norte do Japão na semana passada. Para piorar, as más condições meteorológicas dificultam as operações de resgate. As informações foram divulgadas pelo Escritório de Ajuda Humanitária da ONU (OCHA), conforme relatos enviados pelo gabinete do primeiro-ministro japonês e outras fontes oficiais do país.
A OCHA informou que existe uma grande quantidade de ajuda humanitária destinada ao país, mas o maior problema é fazê-la chegar às 430.000 pessoas que perderam suas casas pelas catástrofes da última semana. A Agência Nacional de Meteorologia revisou seu cálculo da altura que alcançou a maior onda, após comprovar que ela chegou a medir 15 metros na zona de Miyagi. É o dobro da estimativa anterior.
Em seu relatório diário sobre a situação no Japão, a OCHA assinala que “a falta de gasolina está dificultando a distribuição da assistência a cada centro de evacuação”. Além disso, o organismo menciona que a preocupação é crescente a respeito da saúde dos evacuados, particularmente pela falta de provisões médicos e dos problemas de calefação.
Mortos – As autoridades do Japão elevaram para 5.178 o número de mortos e para 8.606 o de desaparecidos em consequência do terremoto e do tsunami, segundo o último boletim oficial divulgado nesta quinta-feira pela polícia. No entanto, acredita-se que o número final de vítimas ainda pode aumentar em alguns municípios das províncias mais afetadas, como Iwate, Miyagi e Fukushima, onde milhares de pessoas seguem desaparecidas.
Mais de 100.000 militares e reservistas japoneses, auxiliados por voluntários estrangeiros especialistas em salvamento, vasculham a zona devastada na busca por sobreviventes soterrados sob os escombros ou arrastados mar adentro pela onda gigante de dez metros de altura.
(Com agência EFE)
fonte: VEJA