Depois da ocupação da Mangueira, panfletos com fotos dos criminosos e número para denúncia foram jogados de helicóptero e, nesta segunda, imagens estavam no microblog
A ocupação do morro da Mangueira, na manhã de domingo, inaugurou uma tática da polícia para prender os chefes do tráfico local. Após a retomada do território e o já tradicional hasteamento das bandeiras do Brasil e do Rio de Janeiro, panfletos com as fotos dos criminosos foram jogados de um helicóptero da polícia com o número telefônico para a denúncia. Nesta segunda, as imagens também foram divulgadas no twitter do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) do Rio de Janeiro. Como as operações de ocupação são avisadas com antecedência para evitar o confronto, os bandidos abandonam as favelas.
Panfleto divulgado no Twitter
O Bope chama essa estratégia de operação psicológica. O objetivo é estreitar os laços com os moradores e, ao mesmo tempo, conseguir informação. De acordo com a tenente Marlisa Neves, relações-públicas do Batalhão, a cada ação pacificadora, o Bope tenta avançar nas táticas de combate à criminalidade. “Queremos encontrar e prender”, resume.Estão carimbados os nomes de Alexander Mendes da Silva, o Polegar; Lucio Mauro Carneiro dos Passos, conhecido como Biscoito; Luiz Cláudio Serrat Corrêa, o Claudinho; e Fabiano Atanázio da Silva, o FB. Através do microblog, o Bope informa que todos esses criminosos atuavam no morro da Mangueira. FB era o chefe do tráfico na Vila Cruzeiro, até ela ser ocupada pela polícia durante a megaoperação ocorrida no final do ano passado nos complexos da Penha e do Alemão.
No domingo, a invasão à favela representou o cerco ao cinturão da Grande Tijuca. Essa área é estratégica por abrigar os estádios do Maracanã e Maracanãzinho, que serão usados na Copa de 2014 e nas Olimpíadas de 2016. Além da Mangueira, já foram ocupados os morros do Borel, Macacos, São João, Salgueiro, Formiga, Turano e Andaraí.
Para a ocupação da favela que sedia a tradicional escola de samba Estação Primeira de Mangueira, foram deslocados 750 policiais. As Forças Armadas apoiaram a operação e garantiram uma entrada tranquila das equipes de segurança.
Fonte: VEJA