A Trip Linhas Aéreas, maior companhia aérea regional do Brasil, deve ser tornar a maior operadora de aviões da fabricante franco-italiana ATR do mundo ainda em 2011. Até o final deste ano, a empresa receberá as primeiras das 18 aeronaves encomendadas à fabricante de turboélices.

Além disso, a companhia decidirá até dezembro se exercerá quatro opções de compra de aeronaves da Embraer, segundo o presidente da Trip, José Mário Caprioli. O executivo sinalizou, no entanto, que a decisão deve ser por realizar as conversões.

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“(As opções) podem e devem ser exercidas até o fim desse ano”, disse Caprioli nesta quinta-feira a jornalistas na sede da companhia, em Campinas. Os aviões da Embraer podem ser dos modelos E-175 ou E-190 e, caso o acordo seja concretizado, duas aeronaves serão entregues em 2013 –sendo que já constam no plano de frota– e duas estão previstas para 2014.

De acordo com o executivo, novas aquisições de aviões da fabricante brasileira podem ser discutidas em 2012.

Sobre os pedidos dos ATRs, a Trip ainda possui 22 opções de compra, o que faz com que o valor total do negócio seja de US$ 903 milhões. No caso dos pedidos já firmes, nove unidades serão adquiridas diretamente com a fabricante franco-italiana, e a outra metade, por meio de acordos de arrendamento operacional com as empresas ALC e Gecas.

A Trip pretende encerrar 2011 com uma frota de 55 aeronaves, ante as atuais 49. No final deste ano, a companhia terá 19 aviões da Embraer. Em 2012 o número subirá para 24, chegando a 29 em 2013. As novas aeronaves representam pedidos firmes à Embraer, com exceção das duas opções de compra para 2013.

Parceria com a TAM

De acordo com o presidente da Trip, até o final de 2011 haverá uma definição sobre a entrada da TAM no capital da empresa.

Segundo acordo firmado entre a TAM e os grupos Caprioli e Águia Branca, controladores da Trip, a TAM poderá ter 31% do controle da Trip e 25% do capital votante.

Apesar disso, as duas companhias já possuem uma parceria operacional que prevê, entre outras medidas, planejamento conjunto de malha que, assim como a definição sobre o capital, deve ser concluído até o final deste ano.

“Com a parceria com a TAM e eventual entrada de capital, a Trip não vai focar em um IPO (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês) no curto prazo”, disse Caprioli.

“Se não tiver participação da TAM, a possibilidade de IPO em 2012 é grande”, ponderou.

O executivo acrescentou ainda que a parceria operacional –e eventualmente financeira– entre as duas empresas não será alterada no caso de aprovação da fusão entre a TAM e a chilena LAN.

 

Fonte: Folha.com