Em 2014, a Univesidade chegou à 26ª posição geral; na edição de 2013, ocupava a 42ª colocação; e em 2012, a Ufla ocupou a 70ª posição entre todas as participantes
A Universidade Federal de Lavras (Ufla), no Sul de Minas, continua sendo a universidade brasileira mais sustentável segundo o UI GreenMetric World University Ranking, divulgado pela Universidade da Indonésia no fim de janeiro, ocupando a 39ª posição global. O GreenMetric tem como objetivo fornecer dados sobre o estado atual e as políticas relacionadas à sustentabilidade e preocupação ambiental nas universidades de todo o mundo.

 
A instituição mineira vem ao longo dos últimos anos repetindo bons desempenhos na avaliação. Este é o quarto ano consecutivo em que a Ufla conquistou o primeiro lugar entre as instituições de ensino superior brasileiras. Em 2014, chegou à 26ª posição geral; na edição de 2013, ocupava a 42ª colocação; e em 2012, a Ufla ocupou a 70ª posição entre todas as participantes. A pontuação é dada segundo seis critérios principais: estrutura do campus e áreas verdes, consumo de energia, gestão de resíduos, uso e tratamento de água, políticas sobre transportes e atividades acadêmicas relacionadas ao meio ambiente.
 
De acordo com o reitor da Ufla, José Roberto Scolforo, o resultado é fruto de um esforço constante que alia ações práticas e educação continuada desde 2009. “Queremos marcar uma posição no Brasil, mostrar que ensinamos o que praticamos e que não há mais como fugir das responsabilidades ambientais. É fundamental sermos um bom exemplo para outras instituições públicas e privadas. Além disso, formamos novos profissionais mais conscientes, que se tornam embaixadores de boas práticas onde quer que estejam. Isso acontece também com todos os nossos colaboradores”, explica Scolforo.
 
Em 2009 a universidade apresentou o Plano Ambiental e Estruturante. Entre as ações, constam: a renovação de todo o sistema de energia elétrica; sistemas de coleta e tratamento de esgoto e das águas da chuva; a estruturação das bacias de drenagem; o plantio de 90 mil mudas de 53 espécies nativas e frutíferas no campus; medidas de preservação das nascentes, treinamento e equipagem da Brigada de Incêndio; o fim das fossas sépticas; e o programa de coleta de resíduos de todos os laboratórios, incluindo o treinamento de técnicos dos diferentes setores e de estudantes de pós-graduação para serem multiplicadores de boas práticas de uso e reutilização de matérias-primas utilizadas em pesquisa.
 
Para 2016 o planejamento segue com ousadia. O primeiro passo é a quantificação e captura do carbono emitido. Para isso será reforçado o programa de redução da geração de resíduos em diferentes frentes, como no restaurante universitário e através da lavagem dos gases eliminados pelas capelas dos laboratórios. O lixo eletrônico também vai começar a receber uma atenção especial da universidade. Outro item que promete ter um grande impacto é a instalação de uma usina fotovoltaica com capacidade de gerar energia suficiente para atender 80 domicílios.
 
 Fonte: Diário do Comércio