O dispositivo é um complemento ao cadeado e adiciona uma camada extra de proteção, além de facilitar ao passageiro identificar se sua bagagem foi aberta durante o transporte ou não
O extravio não é a única preocupação dos viajantes com seus pertences: entre 2010 e 2014, o valor de objetos roubados de dentro de bagagens superou os US$ 2,5 milhões só em aeroportos dos EUA; e a situação brasileira é semelhante, como mostram inúmeras queixas em sites como o Reclame Aqui. Para evitar surpresas desagradáveis na hora de desfazer as malas, lacres como o SealBag (www.sealbag.com.br) têm sido uma aposta de quem vai decolar.
O dispositivo é um complemento ao cadeado e adiciona uma camada extra de proteção, além de facilitar ao passageiro identificar se sua bagagem foi aberta durante o transporte ou não. “Em geral, as companhias aéreas só aceitam reclamações de itens furtados das malas quando feitas dentro da sala de desembarque, inclusive há uma resolução da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) que determina isso. Mas as pessoas estão cansadas da viagem nesse momento e só percebem muito depois”, conta Luís Antônio Guimarães, diretor da empresa.
Mesmo com cadeados, a proteção das malas em trânsito entrou recentemente em xeque ao vazarem na internet os segredos das chaves-mestras da TSA – a agência de segurança de transportes americana. Basicamente, os dispositivos permitem abrir qualquer cadeado aprovado pelo órgão – de uso obrigatório para viagens aos Estados Unidos. O SealBag não é proibido pela TSA. Pelo contrário, é uma forma mais fácil do passageiro descobrir se sua bagagem foi inspecionada ou não.
Além disso, não faltam golpes para ter acesso ao interior das bagagens, mesmo com a tranca fechada, como o que leva o nome de “cesária”, feito com ajuda de uma caneta esferográfica. E o perigo não se restringe às viagens aéreas: há casos semelhantes relatados em rodoviárias, navios de cruzeiros e até hotéis.
“O lacre evidencia a abertura, por isso é um método simples para indicar um possível roubo, ideal para uma situação de desatenção”, explica Guimarães. A ideia veio de uma experiência pessoal: os criadores do SealBag tem uma empresa de lacres industriais que opera exclusivamente no atacado. Apesar de não serem projetados para bagagens, os produtos eram utilizados por todos os membros das suas respectivas famílias para protegerem as malas durante viagens de forma eficiente.