Sindicatos negociam aumento da PLR e protestam contra demissões
Continua o impasse nas fábricas da Volkswagen do Paraná, onde os funcionários estão em greve desde o dia 5, e da Honda em Sumaré (SP), que ficou paralisada por mais de uma semana e na última segunda-feira iniciou um período de licença remunerada até o dia 3. Já os metalúrgicos da General Motors (GM) de São José dos Campos e São Caetano do Sul (SP) realizam assembleias nesta terça-feira para avaliar proposta de pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
A greve na Volkswagen completa 20 dias e pode ser a mais longa da empresa no Paraná, onde se instalou em 1999. Em setembro de 2009, os trabalhadores ficaram parados 21 dias, em reivindicação por reajuste salarial. Desta vez, eles pedem 12 mil reais de PLR, metade ainda em maio. Em assembleia ontem, os trabalhadores decidiram continuar em greve. A empresa mantém a oferta de 4,6 mil reais como primeira parcela e discussão do valor da segunda até o fim do ano, atrelado a metas. Nova assembleia ocorrerá amanhã. A Volks entrou com pedido de dissídio no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), previsto para 6 de junho.
Segundo o sindicato, a empresa deixou de produzir até agora 10.530 veículos Golf, Fox e CrossFox, o que somaria prejuízo de 421,2 milhões de reais. Ainda segundo a entidade, com 1,03% desse valor (4,34 milhões de reais) seria possível pagar 1,4 mil reais para cada um dos 3,1 mil metalúrgicos, referente à diferença entre o que pedem e o valor oferecido pela empresa. A Volks não se manifestou. Representantes dos sindicatos dos metalúrgicos de São José e de São Caetano estavam reunidos ontem à noite para discutir a PLR deste ano. Na sexta-feira, os funcionários de São José fizeram paralisação de 24 horas e os de São Caetano atrasaram a entrada. Eles também querem 12 mil de reais de PLR para os 16,5 mil operários das duas fábricas.
Na semana passada, a empresa ofereceu 9,5 mil reais, 13% a mais que em 2010, mas os sindicatos abandonaram a negociação, segundo a GM. A montadora coloca como meta a produção de 410 mil carros nas duas fábricas. Sem nova proposta, o Sindicato de São José ameaça greve por tempo indeterminado.
(Com Agência Estado)
fonte: VEJA