Dias depois da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês) dar sinal verde a um projeto de mineração de carvão em montanhas, dezenas de cientistas de todo o país pediram a proibição da prática.

A mineração de carvão em montanhas, difundida no Planalto dos Apalaches, envolve a explosão do topo das montanhas e a remoção dos resíduos de rochas em vales, onde há córregos que são enterrados e poluídos com sulfatos e metais pesados.

A prática tem impacto irreversível sobre a vida do rio e a saúde humana, alertam os cientistas. Mas suas chamadas parecem estar recaindo sobre ouvidos surdos.

Em março de 2009, a EPA disse que daria mais flexibilidade na concessão de licenças para mineração. Na última semana, a entidade autorizou 45 projetos de mineração em Lincoln County, na Virginia Ocidental–com permissão para expansão. A empresa Patriot Coal concordou em reduzir a extensão para enterrar córregos, de 10 km para 5 km.

Margaret Palmer, da Universidade de Maryland, ainda tem esperanças de que o governo preste atenção ao alerta dos cientistas.

Folha de São Paulo