Durante evento do LIDE, senador também lembrou que PIB elevado não é termômetro para “esverdeamento” econômico

São Paulo, 15 de maio de 2012 – Durante evento realizado hoje (15) pelo LIDE SUSTENTABILIDADE, Eduardo Braga, senador e líder do governo na câmara, defendeu que se as empresas querem ter mercado futuro, terão que cuidar do mercado presente. Para Eduardo Braga, o PIB não pode ser considerado um bom indicador para medir o grau de “esverdeamento” de uma economia. “Basta observar o que está acontecendo na China, onde o custo da água potável é altíssimo e o PIB lá é elevado”, destacou o senador.

 

“O Brasil tem uma economia baseada em recursos minerais e agrícolas, recursos estes que também são findos, uma hora vão acabar, por isso é necessário agir agora”, afirma Braga. Para o senador, investir em Educação e Cultura também é fundamental. “O papel do Estado na transição para uma economia verde é imprescindível e o modelo de energia brasileira é infinitamente melhor do que o de outros países, como por exemplo, o Japão, que utiliza a energia nuclear”, compara. “O Brasil tem enormes potencialidades e condições para se desenvolver de forma sustentável”.

 

Para o senador, o Brasil, que já ocupa uma posição de destaque nesse tema, precisa aprimorar e fazer uso dos recursos disponíveis. Citou, como exemplo, a cidade de Curitiba que ocupa o segundo lugar no ranking das dez mais resilientes do mundo, segundo a revista canadense Corporate Knights, que traz sempre artigos com um enfoque sobre sustentabilidade corporativa. Entenda-se por resiliente aquela cidade empenhada em retornar a seu estado de equilíbrio ecológico após passar por intenso processo de urbanização. O Brasil está atrás apenas de Copenhague, na Dinamarca.

“O plano de prevenção contra enchentes, com a criação de pequenos lagos ao redor dos rios e canais, permitiu que o número de inundações curitibanas fosse reduzido”, lembrou Braga. Curitiba é a única cidade brasileira que faz parte deste ranking, que tem, além de Copenhague (Dinamarca), Barcelona (Espanha), Estocolmo (Suécia), Vancouver (Canadá), Paris (França), São Francisco e Nova York (Estados Unidos), Londres (Inglaterra) e Tokio (Japão).

Segundo o senador, a Amazônia é um ecossistema frágil, que inspira cuidados. “As grandes secas e grandes enchentes estão ficando cada vez mais recorrentes e o que antigamente acontecia a cada duas décadas, hoje acontece a cada três anos, e a tendência é diminuir ainda mais esse espaço de tempo”. Para ele, “isto é reflexo da má ocupação do solo e do desmatamento”.

O Brasil tem um prejuízo muito alto com o mau uso da energia elétrica. O senador citou como exemplo a iluminação de ruas. “Para o país crescer de 3% a 4% no PIB, tem que crescer 7% em energia, no entanto, o desperdício gerado pela iluminação pública seria capaz de suprir Belo Monte. Enquanto isso, na natureza, o melhor condutor elétrico do mundo é a teia de uma aranha, típica da Mata Atlântica e descoberta por um cientista brasileiro”, destaca.

“Se cada homem rico assumir a alimentação e educação de dez brasileiros sem condições, a miséria no nosso país seria extinta”. A proposta da Rio+ 20, além de debater a economia verde, também é o combate à miséria, com geração de emprego e renda. “Ninguém nasce marginal, torna-se. Não temos políticas voltadas para a infância e isso faz falta”, salienta o senador.

CÓDIGO FLORESTAL

Como líder do governo, o senador não pode falar em veto, no entanto, defende que a presidente exercite o seu direito de sancionar na íntegra ou não as leis que são aprovadas. Ela tem até o dia 25 de maio para apresentar sua decisão. E para Braga é imprescindível que esse impasse seja logo resolvido para que o Brasil não perca sua posição de protagonista durante a Rio+20. “O código deverá beneficiar o povo brasileiro, e não apenas um grupo”, finaliza.

 

Sobre o LIDE Sustentabilidade: O LIDE Sustentabilidade, criado em abril de 2009, é o braço ambiental do LIDE, cujo objetivo é promover o entendimento da importância da preservação do meio ambiente à sociedade brasileira. Através da pró-atividade de um Comitê Executivo de empresários, o LIDE Sustentabilidade, presidido pelo empresário Roberto Klabin, reconhecido pelas importantes ações desenvolvidas na condução dos projetos da Fundação SOS Mata Atlântica, considerada uma das mais respeitadas entidades em meio ambiente no Brasil, debate temas relevantes por meio de exemplos práticos adequados à realidade em que vivemos.

 

Sobre o LIDEFundado em junho de 2003, o LIDE – Grupo de Líderes Empresariais possui oito anos de atuação, registrando crescimento de 700%. Atualmente são 920 empresas filiadas (com os braços regionais e internacionais), que representam 46% do PIB privado nacional. O objetivo do Grupo é difundir e fortalecer os princípios éticos de governança corporativa no Brasil, promover e incentivar as relações empresariais e sensibilizar o apoio privado para programas comunitários. Para isso, são realizados inúmeros eventos ao longo do ano, promovendo a integração entre empresas, organizações, entidades privadas e representantes do poder público, por meio de debates, seminários e fóruns de negócios.

 

 

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