É a primeira vez em dez anos que os países latino-americanos desbancam a Ásia como destino preferencial
O Brasil, com Uruguai e Chile, lidera a lista mundial dos países mais atrativos ao investimento no varejo, segundo o Índice Global de Desenvolvimento do Varejo (GRDI, sigla em inglês) divulgado nesta quinta-feira pela empresa de consultoria americana A.T. Kearney. É a primeira vez, em dez anos de existência do índice, que países latino-americanos desbancam a região asiática como destinos de investimento mais interessantes.
Atrás dos três sul-americanos estão Índia, Kuwait, China, Arábia Saudita, Peru, Emirados Árabes e Turquia, completando os dez primeiros lugares.
Os preparativos para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016 transformam o “Brasil em um mercado com excelentes perspectivas, que espera receber investimentos de 50 bilhões de dólares”, disse José Ignacio Nieto, vice-presidente da A.T. Kearney em comunicado.
O Uruguai aproveita o impulso brasileiro e, segundo Nieto, torna-se uma opção atrativa para pôr a toda prova novos modelos de negócio na região. Por sua vez, o Chile, considerado um dos mercados mais competitivos da América Latina, tem a seu favor os incentivos criados pelo governo para estimular o consumo, de acordo ao relatório.
Apesar dos recentes eventos no Oriente Médio, vários países da região mantêm-se entre os destinos mais atrativos, uma vez que contam com estimativas de crescimento entre 3% e 5% do PIB e uma ampla população jovem.
Outra tendência observada no GRDI é o crescimento de novos canais de distribuição por meio do comércio eletrônico, dada a maior penetração tecnológica nestes países. “As cadeias de distribuição internacionais geralmente preferem encarar estratégias de expansão de longo prazo. As tensões econômicas e políticas podem acelerar ou atrasar determinadas decisões, mas a tendência à globalização será mantida”, acrescentou Nieto.
O GRDI analisa 30 países em desenvolvimento em função de seus atrativos para investidores no varejo a partir de variáveis como riscos políticos e econômicos, saturação do mercado, ambiente de investimento e janelas de oportunidade de negócio.
(com EFE)
fonte: VEJA