Pesquisadores da Administração Nacional do Oceano e da Atmosfera dos EUA (NOAA, na sigla em inglês) estimam que o gelo do Oceano Ártico durante o verão pode desaparecer devido ao derretimento antes de 2050. O fenômeno possivelmente ocorrerá em dez ou vinte anos, segundo a previsão.
O estudo, publicado pela “Geophysical Research Letters” e divulgado nesta sexta-feira (12) no site da NOAA, analisou três métodos de previsão de quando o gelo deixará de existir de forma significativa no Ártico na estação mais quente, o verão.
Uma parte dos dados mostrou que o total de gelo no Oceano Ártico reduziu rapidamente nos últimos dez anos. A tendência foi extrapolada pelos cientistas para o futuro, e as informações apontam que o derretimento de praticamente todo o gelo do mar na região durante o verão deve ocorrer até 2020.
“A perda de gelo no Oceano Ártico é provavelmente o indicador mais visível das mudanças climáticas no planeta. Isso leva a alterações nos ecossitemas e na economia, e potencialmente tem impacto no clima do hemisfério norte”, afirmou o cientista da NOAA James Overland, um dos autores do estudo, em entrevista ao site da instituição.
“Observando três métodos diferentes de calcular o derretimento do Ártico, com dados bem distintos em cada um, encontramos datas diferentes para o degelo total. Mas todos os três sugerem que os verões no Ártico ficarão ‘livres’ de gelo no mar antes do meio deste século”, disse Overland.