Porto Velho - RondôniaA classe empresarial do estado de Rondônia, através da Federação das Indústrias do Estado Rondônia (FIERO); do Pool de Empresas do Estado; da Associação dos Jovens Empresários de Rondônia (AJE-RO); Federação das Associações Comerciais do Estado de Rondônia (FACER); Associação Comercial de Porto Velho; Federação das Câmeras de Dirigentes Lojistas FCDL e mais 19 sindicatos industriais e comerciais lançaram, no início do mês, um manifesto em favor do crescimento econômico do Estado, tendo em vista o atual estágio de iminência de instabilidade política que vive Rondônia, fruto do julgamento do processo eleitoral que foi instaurado contra o Governo do Estado.

“Nosso Estado vive um momento ímpar, apresentando um crescimento invejável, contrapondo os efeitos da crise que assola a economia mundial. Os investimentos maciços em projetos estruturantes, realizados pelo Poder Público Federal e Estadual, além dos realizados pelo setor privado, permitem apresentar indicadores altamente positivos, tais como o PIB Estadual, que no primeiro trimestre apresentou substancial crescimento, enquanto o PIB Nacional encontra-se com viés negativo”, destacou o presidente da FIERO, Denis Roberto Baú.

Segundo ele, novas indústrias estão produzindo e muitas outras se encontram no processo de instalação. Está ocorrendo à expansão vertiginosa dos pequenos negócios, a partir do levantamento das potencialidades e incentivos, tanto na modernização tecnológica como no processo de gestão voltado para a qualidade, demonstrando, cada vez mais, que o Estado se constituiu em uma atrativa plataforma do desenvolvimento nacional.

Porto Velho - RondoniaNo Manifesto Pró Rondônia os empresários ressaltam que enquanto a evolução do emprego no Brasil apresentou acréscimo na ordem de 0,15%, no período de janeiro a abril deste ano, em Rondônia, verificou-se um incremento nos postos de trabalho de 3,61%, no mesmo período, representando um diferencial superior a 2.300 % em relação ao País.

“Diante deste quadro temos a plena convicção que estamos gerando cidadania por meio da profissionalização, do emprego e da renda. Na qualificação profissional não navegamos na onda do imediatismo, trabalhamos com planejamento de longo prazo, permitindo à inclusão social com programas adequados às novas demandas”, enfatizaram os líderes empresariais do Estado de Rondônia.

Os empresários também destacaram no Manifesto que o processo de evolução da atividade econômica, precisa ser encarado sobre o prisma do desenvolvimento contínuo e sustentável, pois quaisquer fatores supervenientes que possam gerar insegurança e desmotivação nos agentes indutores terão como conseqüência, a interrupção do atual círculo virtuoso.

Para o presidente do Sindicato Comércio Atacadista de Gêneros Alimentícios de RO (SINGARO) Mário Gonçalves, a iminência de instabilidade vivida atualmente é fruto da incerteza do resultado do processo eleitoral, esperamos que o TSE – Tribunal Superior Eleitoral mantenha o bom senso, que foi cabalmente demonstrado no julgamento do Governador de Santa Catarina, onde o objeto das denúncias não teve a potencialidade necessária para interferir no resultado final da eleição, com isso, a população daquele estado não foi penitenciada a uma estagnação generalizada, como vem ocorrendo nos Estados que sofreram processos semelhantes, finaliza Mário.

Ao final do Manifesto Pró Rondônia, as entidades citam que não defendem bandeiras partidárias, muito menos interesses políticos ou pessoais, porém, não podem omitir, sobre os reflexos que certamente irão impactar na economia Estadual, pois uma nova equipe administrativa, a despeito de formular um projeto político, precisa avaliar suas ações e investimentos dentro da sua nova proposta de gestão, incorrendo invariavelmente, na redução do ritmo de crescimento, sobretudo, considerando que o Estado pode ter uma nova eleição, num lapso de pouco mais de um ano, podendo levar a atividade produtiva a um contínuo processo de desaceleração do desenvolvimento.

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