País milenar onde vivem 1,2 milhão de pessoas, a Índia ainda é um mercado ainda pouco explorado pelo capitalismo multinacional.
O país passou anos concentrando quase todas as fichas na terceirização de serviços, com call centers do país com milhares de telefonistas atendendo em inglês clientes norte-americanos e europeus.
Agora o setor da tecnologia já desenvolve seus próprios produtos e softwares e um exemplo disso é a gigante Infosys (145 mil empregados, faturamento de quase US$ 7 bi, com sede em Bangalore), orgulho local.
Essa empresa é, no entanto, relativamente pequena se comparada ao conglomerado Tata (dona da Jaguar Land Rover), com 425 mil empregados e faturamento anual de US$ 85 bi.
Em vários outros setores, surgem multinacionais indianas, de laboratórios farmacêuticos a telecomunicações (indianos controlam parte da telefonia celular na África).
O capitalismo com produtos criados especialmente para os muito, muito pobres também é área onde os indianos são vanguarda.
No país, há tablet de US$ 45, carro de R$ 5 mil (o Tata Nano) e uma geladeira de R$ 120 (da marca Godrej), e a as vendas no varejo criam embalagens e porções minúsculas para quem ainda não pode comprar uma caixa inteira de seu produto favorito.
E é essa Índia otimista e inovadora a verdadeira novidade das últimas duas décadas.
Marina Della Valle/Folhapress | ||
Indianos passeiam por mercado em rua de Déli |
fonte: folha de sp