“Enfrentando o Futuro de Forma Criativa – tendências da Indústria Turística e de Viagens” foi o tema do Congresso do Festival do Turismo de Gramado, trazendo as segmentações turísticas e a guerra tarifária.
O diretor comercial da Ocean Air iniciou os trabalhos do congresso mostrando que a tendência é a especialização através do tema “Segmentação turística – identificando produto e demanda para ampliar negócios”. Mostrou dados que os destinos mais procurados principalmente pelos vôos domésticos é o nordeste com 38% sudoeste com 30% e o Sul com 21%. A especialização dos nichos de mercado como, por exemplo, melhor idade e o tráfico étnico estão sendo trabalhados pelas companhias aéreas.
O turismo GLS foi apresentado com grande propriedade pelo embaixador para o Brasil da IGLTA, Clóvis Casemiro, e pela diretora da Associação Brasileira de Turismo para Gays, Lésbicas e Simpatizantes, Marta Dalla Shiesar. No seu painel “Identificando produto e demanda do segmento GLS”, Casemiro deu um panorama do que é a IGLTA, seus membros espalhados pelos países, a função da associação e o que seus membros têm como retorno e porque ser afiliado.Salientando que o mercado GLS é invisível, é formado de 10 a 12% da população, segundo dados internacionais, e tem a necessidade de projetos e entendimento do segmento para a participação da comunidade.
O Turismo de Sustentabilidade foi apresentado pelo superintendente de Desenvolvimento de Negócios Sustentáveis do Grupo Santander Brasil, que mostrou como e porque o Brasil deve se preparar para ser um dos destinos mais desejados e procurados no mundo, pois é imprescindível a convergência de objetivos entre os três setores da economia: público privado e terceiro setor. “O Brasil possui um enorme potencial para crescer neste segmento e fazer jus aos atributos históricos, culturais e naturais que fazem do país um destino turístico único”, comenta Júlio, ressaltando que o crescimento beneficie a valorização e preservação das tradições e saberes locais, a conservação da nossa biodiversidade e proporcione um ganho econômico eqüitativo, ele deve ser sustentável. Neste mesmo painel, o presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul, Marcos Vinicius Vieira de Almeida, salientou que as ações ecologicamente corretas e processos economicamente viáveis fazem parte da sustentabilidade. Enfatizou que o grande desejo de qualquer prefeito é o crescimento que se espera deve ser ordenado e sustentável.
Para encerrar o Congresso, o tema da “Guerra Tarifária estimulando a competitividade” contou com a presença da presidente da Agência Nacional de Aviação Civil, Solange Paiva Vieira, com o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, José Márcio Mollo, com o vice presidente da ABAV, Danilo Kehl Martins, e com o diretor da Uneword, Célio Saraiva. Solange utilizou de dados de pesquisa para fazer a sua explanação mostrando que o Brasil cresceu 1,3% com a flexibilidade dos preços tarifários. Salientando que o mercado cresce pela diversificação de empresas, aumentando muito com a liberação.
Segundo ela, a liberação de tarifas é um ato que, além de cumprir a determinação da lei, representa um benefício aos passageiros, porque estimula a competição entre as companhias e permite promoções. “Em um cenário de crise econômica, as empresas aéreas têm duas alternativas: reduzir a oferta de voos ou reduzir os preços. Com liberdade tarifária, as empresas brasileiras, que são muito eficientes e competitivas, têm uma alternativa para enfrentar a crise e manter o crescimento, mesmo em um cenário adverso”, comenta Solange.
Mais informações nos site www.festivalturismogramado.com.br.
Revista Ecoturismo