FELIPE LUCHETE
DE BELÉM
RODRIGO VARGAS
DE CUIABÁ

A Camargo Corrêa não reconstruirá todos os alojamentos destruídos na usina de Jirau, diz relatório da Superintendência do Trabalho e Emprego enviado à Justiça do Trabalho de Rondônia.

Pelo projeto de reconstrução, a usina terá capacidade para abrigar pouco mais de 10 mil trabalhadores.

Antes do quebra-quebra que destruiu instalações do canteiro de obras, no dia 15 de março, havia vaga para 16 mil trabalhadores só da construtora, segundo a superintendência, ligada ao Ministério do Trabalho.

O Ministério Público do Trabalho já vê indícios de “dispensa em massa”.

De acordo com a Procuradoria, representantes da Camargo Corrêa e do consórcio Energia Sustentável disseram na última segunda que parte das mais de 6.000 pessoas que voltaram a outros Estados após os tumultos terá os seus contratos de trabalho rescindidos.

As obras no rio Madeira retornaram anteontem, após autorização da Justiça e assembleia de trabalhadores.

Questionada nos últimos dois dias pela Folha, a Camargo Corrêa não confirmou se fará demissões e não soube estimar quantos trabalhadores voltaram aos trabalhos. Limitou-se a dizer que o retorno será gradual.

Imagens das áreas destruídas após conflitos entre trabalhadores da obra da usina de Jirau, em Rondôni

Imagens das áreas destruídas após conflitos entre trabalhadores da obra da usina de Jirau, em Rondôni

Fonte: Folha.com