Pelo menos 700 CEOs de todo mundo estão reunidos em Copenhague, capital da Dinamarca, na Cúpula Empresarial de Mudanças Climáticas, para debaterem o papel das empresas na redução das emissões de carbono. O encontro é uma tentativa de unir a agenda da crise financeira com a da crise climática para levar à mesma Copenhague, no final do ano, uma agenda do mundo corporativo para a reunião COP 15 (Conferência M undial sobre Clima das Nações Unidas).

O objetivo é que ela possa contribuir para aproximar governos em divergências ainda importantes para que a COP 15 em Copenhagen surja como a Conferência que fundamentará as bases de um novo ciclo de desenvolvimento pautado pela baixa emissão de carbono. Foi neste encontro e com este espírito que Al Gore iniciou a sua fala, logo após a abertura do Secretário Geral da ONU, Ban-Ki Moon.

Gore pontuou a tripla crise – a climática, a econômica e a de segurança energética – como resultantes de uma mesma causa: a profunda dependência que a humanidade tem de energia fóssil ( não disse, mas deveria, daquela parte da humanidade que tem acesso a ela…). Disse que o grande imperativo é sair da dependência de energias fósseis para as infinitas fontes de energia limpa e renovável do Sol, dos ventos e da energia geotérmica. Falou dos muitos exemplos nesta mesma direção como a da Dinamarca que já tem 25% de sua energia em base éolica ou mesmo das recentes medidas do Presidente Obama que estabeleceu metas de redução de emissões para a indústria automobilística e o cancelamento literal da construção de plantas termoelétricas movidas a carvão. Disse ainda que é indispensável que se crie valor para a mitigação de CO2, pois um gás invisível e inodoro dificilmente será reduzido sem compensação econômica. Gore também pontuou a crescente coragem e determinação do governo Obama de transformar os Estados Unidos independente de energia fóssil até 2020. Comparou a recente fala de Obama quando das metas de redução das emissões a de Kennedy no início da década de 60 sobre colocar o homem na Lua até o final da década. Reiterou a necessidade de ousar e sonhar para que o desafio da energia sustentável toque o imaginário das pessoas, sem o qual, não haverá o esforço necessário.

A fala de Gore foi enfática e determinada. Também aproveitou para reiterar um dos principais temas defendidos pelos EUA para Dezembro, ou seja, mecanismos de mercado como parte da nova regulação de serviços ambientais. Mas o mercado que ele se refere, seria um novo mercado, eivado de valores éticos e humanos. Como? Finalizou dizendo que esta geração será julgada pelas próximas e se elas nos acusarem de não termos tomado as ações que nosso tempo nos convoca, teremos falhado lamentavelmente.

Neste aspecto tanto Ban Ki-moon como Al Gore deram o tom: Copenhagen terá que ser o marco zero de uma nova economia e visão de desenvolvimento. Estabelecerá as bases para as regras de mercado e de regulação governamental e multilateral para os próximos 20 anos e isso tem que ser feito este ano sob pena da coesão política conseguida até aqui fragilizar-se e tornar tudo muito mais complicado. De fato, as mudanças climáticas não tem esperado em sua perigosa escalada.

Apesar do bom início, as lideranças empresariais presentes não pareciam estar a altura do debate. Limitaram-se a expressar concordância com o imperativo da economia verde mas não conseguiam dizer qual era a agenda do mundo dos negócios. Qualidade sofrível o debate dos CEOs. Considerando-os parte da poderosa elite mundial que será determinante para a mudança, é preocupante.

Pelo menos 700 CEOs de todo mundo estão reunidos em Copenhague, capital da Dinamarca, na Cúpula Empresarial de Mudanças Climáticas, para debaterem o papel das empresas na redução das emissões de carbono. O encontro é uma tentativa de unir a agenda da crise financeira com a da crise climática para levar à mesma Copenhague, no final do ano, uma agenda do mundo corporativo para a reunião COP 15 (Conferência M undial sobre Clima das Nações Unidas).

O objetivo é que ela possa contribuir para aproximar governos em divergências ainda importantes para que a COP 15 em Copenhagen surja como a Conferência que fundamentará as bases de um novo ciclo de desenvolvimento pautado pela baixa emissão de carbono. Foi neste encontro e com este espírito que Al Gore iniciou a sua fala, logo após a abertura do Secretário Geral da ONU, Ban-Ki Moon.

Gore pontuou a tripla crise – a climática, a econômica e a de segurança energética – como resultantes de uma mesma causa: a profunda dependência que a humanidade tem de energia fóssil ( não disse, mas deveria, daquela parte da humanidade que tem acesso a ela…). Disse que o grande imperativo é sair da dependência de energias fósseis para as infinitas fontes de energia limpa e renovável do Sol, dos ventos e da energia geotérmica. Falou dos muitos exemplos nesta mesma direção como a da Dinamarca que já tem 25% de sua energia em base éolica ou mesmo das recentes medidas do Presidente Obama que estabeleceu metas de redução de emissões para a indústria automobilística e o cancelamento literal da construção de plantas termoelétricas movidas a carvão. Disse ainda que é indispensável que se crie valor para a mitigação de CO2, pois um gás invisível e inodoro dificilmente será reduzido sem compensação econômica. Gore também pontuou a crescente coragem e determinação do governo Obama de transformar os Estados Unidos independente de energia fóssil até 2020. Comparou a recente fala de Obama quando das metas de redução das emissões a de Kennedy no início da década de 60 sobre colocar o homem na Lua até o final da década. Reiterou a necessidade de ousar e sonhar para que o desafio da energia sustentável toque o imaginário das pessoas, sem o qual, não haverá o esforço necessário.

A fala de Gore foi enfática e determinada. Também aproveitou para reiterar um dos principais temas defendidos pelos EUA para Dezembro, ou seja, mecanismos de mercado como parte da nova regulação de serviços ambientais. Mas o mercado que ele se refere, seria um novo mercado, eivado de valores éticos e humanos. Como? Finalizou dizendo que esta geração será julgada pelas próximas e se elas nos acusarem de não termos tomado as ações que nosso tempo nos convoca, teremos falhado lamentavelmente.

Neste aspecto tanto Ban Ki-moon como Al Gore deram o tom: Copenhagen terá que ser o marco zero de uma nova economia e visão de desenvolvimento. Estabelecerá as bases para as regras de mercado e de regulação governamental e multilateral para os próximos 20 anos e isso tem que ser feito este ano sob pena da coesão política conseguida até aqui fragilizar-se e tornar tudo muito mais complicado. De fato, as mudanças climáticas não tem esperado em sua perigosa escalada.

Apesar do bom início, as lideranças empresariais presentes não pareciam estar a altura do debate. Limitaram-se a expressar concordância com o imperativo da economia verde mas não conseguiam dizer qual era a agenda do mundo dos negócios. Qualidade sofrível o debate dos CEOs. Considerando-os parte da poderosa elite mundial que será determinante para a mudança, é preocupante.

Instituto Ethos