O levantamento mostra também que, entre os empresários que realizaram algum investimento no ano passado, 71,6% optaram por utilizar os recursos do caixa próprio do estabelecimento
Mesmo com o arrefecimento da economia ao longo de 2014, quase metade dos empresários do Estado do Rio de Janeiro realizaram mais investimentos em seus estabelecimentos comerciais na comparação com o ano anterior. Em geral, 42,3% dos empresários do estado informaram que investiram mais em 2014 do que em 2013, 20,5% mantiveram seus investimentos no mesmo nível e 11,0% investiram menos que no ano anterior.
 
No total, a pesquisa sobre Investimentos nos Estabelecimentos Comerciais do Estado do Rio de Janeiro, realizada pela Fecomércio RJ/GPP, mostra que 73,8% dos empresários investiram em seus estabelecimentos em 2014. Importante destacar que 20,3% dos empresários não planejaram investimentos para serem realizados em 2014.
 
Os principais investimentos citados pelos empresários foram: aumento de estoque e do mix de mercadorias (55,8%); expansão ou reforma do  estabelecimento (45,1%); compra ou modernização de equipamentos (26,1%) e melhora no marketing do estabelecimento (18,8%). A pesquisa sinaliza ainda que, entre os empresários que investiram, 34,3% fizeram mais de um tipo de investimento em 2014.
 
O levantamento mostra também que, entre os empresários que realizaram algum investimento no ano passado, 71,6% optaram por utilizar os recursos do caixa próprio do estabelecimento. Outros 18,1% recorreram aos recursos dos proprietários e apenas 11,1% preferiram linhas de crédito específicas e não específicas.
 
Três em cada cinco empresários (60,6%), quando indagados sobre as principais dificuldades encontradas no momento de realizar esses novos investimentos, afirmaram ter dificuldades para investir, principalmente, por conta da falta de dinheiro (28,6%) e das incertezas quanto à demanda futura (20,8%).
“A pesquisa mostra um cenário há muito traçado pela Fecomércio RJ. A realidade do setor é sempre desafiadora, exige dinâmica, criatividade, inovação. O crédito, principal ferramenta de investimento, ainda é caro e pouco acessível a micro e pequenos empresários do comércio. Os números destacam um quadro já desenhado pelo setor: realçam oportunidades latentes para expansão do mercado de crédito às empresas fluminenses”, afirma Christian Travassos, economista da Fecomércio RJ.