O encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez no último dia 30 em Manaus serviu para reforçar as negociações comerciais entre Brasil e Venezuela, em meio a manifestações de preocupação com os efeitos da crise financeira mundial na economia latino-americana. Entre os acordos mais importantes firmados há alguns passos adiante na empresa que comandará a refinaria Abreu Lima, em Pernambuco, e a assinatura de um contrato entre a Andrade Gutierrez e a Empresa de Produção Siderúrgica Nacional para construção de uma siderúrgica na Venezuela – investimento no valor de US$ 1,8 bilhão.

Na ocasião, também foi finalizado o texto do acordo de acionistas e o estatuto para a sociedade entre a Petrobras e a estatal venezuelana do petróleo, a PDVSA, sendo que a Petrobras terá 60% da nova empresa e a PDVSA, 40%, conforme previsto anteriormente.     O diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, espera que o acordo esteja fechado até o final do ano, visto que existem ainda três eixos de pendências a serem acertados: o fluxo de suprimentos, a avaliação de quanto a Petrobras já investiu no projeto e o plano de negócios da refinaria.

Siderúrgica
Outro acordo assinado entre os dois países foi o da construção de uma siderúrgica na Venezuela. A construção, o fornecimento de equipamentos e a montagem da fábrica com capacidade de produção de 1,5 milhão de toneladas de aço líquido por ano no Estado de Bolívar estão previstos no contrato assinado entre a Andrade Gutierrez e a Empresa de Produção Social Siderúrgica Nacional, da Venezuela.

No encontro entre os presidentes, também foram assinados outros compromissos nas áreas de habitação, produção de leite e criação de gado leiteiro, produção de soja e serviços aéreos.

Revista Ecoturismo