O líder indígena Almir Suruí participou, na COP-15, de importante conferência com líderes da Forest Trends, do Google Earth e outras organizações importantes, mostrando a importância dos Redds para os indígenas amazônicos de Rondônia, em projeto que vai sacudir, nos próximos 40 anos, a economia destes povos.

Suruí, que chegou de Copenhague proveniente de São Francisco, onde recebeu homenagem da cidade Los Angeles e Londres, ocasião em se encontrou com o príncipe Charles e sua fundação ambiental, foi um dos destaques da renomada conferência, representando os povos indígenas ao lado de lideranças bolivianas.

Entrevistado pela TV Ecoturismo, em imagens que estão no ar através do endereço eletrônico www.tvecoturismo.com.br, Suruí falou de seus projetos ambiciosos para deter a emissão de gases de efeito estufa, mantendo a floresta em pé, que é a especialidade dos povos indígenas e aceitou a realização de um Seminário promovido pelo Grupo Ecoturismo, em conjunto com outras organizações, nos meses de fevereiro e março, em Cacoal, Brasília e São Paulo, exibindo para o povo brasileiro todos os pontos positivos da post COP-15.

A TV e Revista Ecoturismo cobriram a manifestação de mais de 40 mil pessoas presentes em Copenhague e que foram impedidos de entrar pela segurança da ONU e da polícia da capital dinamarquesa, com cartazes que pediam Justiça Climática e zero de carbono, afirmando que não existe Planeta B, já que todos somos do mesmo Planeta.

Os exemplos de Almir Suruí
A revista Época, pelo terceiro ano consecutivo, publicou a lista das 100 personalidades mais influentes do Brasil em 2009. São pessoas que tiveram destaque no ano pelo poder, talento, realizações ou exemplo moral. Seis categorias compõem a lista, de acordo com a área de atuação: Líderes & Reformadores, Empreendedores & Pioneiros, Artistas & Criadores, Guias & Pensadores, Ídolos & Heróis e Benfeitores. A classificação foi feita com a ajuda de leitores, que indicaram suas preferências no sitio da revista, e de especialistas nas diversas áreas.

O único representante do Estado de Rondônia é o Almir Suruí, índio do povo suruí, na região Central de Rondônia (Cacoal/RO). Aos 18 anos, o Almir começou a gerenciar um projeto com as famílias suruís para tentar gerar renda a partir da castanha. Era um desafio porque, na mesma época, o povo dele estava sendo cooptado pelas madeireiras para derrubar as castanheiras. Almir foi convidado, dois anos depois, para coordenar a Organização dos Povos Indígenas de Rondônia. Uma das suas iniciativas recentes foi mapear sua própria aldeia, com a ajuda do Google Earth, e vender créditos de carbono pela conservação das florestas. Mesmo em meio à adversidade, Almir foi capaz de criar alianças entre os índios mais velhos e a nova geração das aldeias para mediar a chegada de tecnologias modernas.

Depois de defender seu povo e as terras do seu povo foi a Genebra, na Suíça, indicado pela Sociedade Internacional de Direitos Humanos para receber um prêmio. Esse prêmio, como destaque na luta pelos direitos humanos, também foi concedido em 2000, ao Dalai Lama.

Ele é um herói dos povos indígenas que vive na Terra Indígena Sete de Setembro, em Cacoal, Rondônia. É hoje reconhecido internacionalmente por ter tido a coragem de denunciar à Organização dos Estados Americanos (OEA), a exploração ilegal de madeira nas terras indígenas, por defender os direitos e a integridade dos Índios Isolados e por lutar contra as hidrelétricas do rio Madeira que vão afetar Terras Indígenas.

A Sociedade Internacional de Direitos Humanos é uma organização com cerca de 30 mil membros, em 26 países, e destacou a figura desse líder indígena brasileiro como um exemplo entre aqueles que lutam pelos direitos humanos. Parceria entre lideranças dos índios Suruí de Rondônia, a ONG americana Forest Trends e a USAID, a agência do governo americano estão organizando um fundo para vender créditos de carbono obtidos com ações de conservação na terra suruí. O governo dos Estados Unidos e também governos de estados americanos estão interessados em pagar pelo desmatamento evitado no Brasil como forma de conseguir créditos para comprir suas possíveis futuras metas de redução de emissões. Essas metas podem vir de compromissos internacionais, como o negociado em Copenhague ou de legislações ou regulamentações dos próprios Estados Unidos.

Fonte: Ariquemes Online – www.ariquemesonline.com.br