As mudanças climáticas são a razão de muitas discussões há alguns anos. Ainda que existam correntes que invalidem a existência das alterações no clima global, há uma série de movimentos que acatam esta como uma das razões de estarmos esgotando as fontes naturais, exigindo que mudemos nosso comportamento de consumo o quanto antes para evitar maiores catástrofes.

Foto: Pxhere

 

Preocupados com o andamento da preservação ambiental, um grupo sueco começou, em 2018, um movimento conhecido como “vergonha de voar”, e vem ganhando adeptos por todo o continente europeu. Embora o nome seja sugestivo, o movimento não desencoraja que as pessoas conheçam o mundo, mas visa conscientizar sobre os impactos ambientais que residem em nossas decisões, pautados em um momento em que as emissões de gases causadores do efeito estufa precisam ser drasticamente reduzidas. O movimento acabou interferindo na escolha de uma parcela considerável da população, que passou a optar por viajar de trem.

Seguindo nesta mesma linha, o relatório do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG) demonstra que o principal emissor do gás carbônico do setor energético no Brasil é o transporte. Isso é suficiente para consagrar o setor de energia no terceiro lugar do ranking total de emissões, mas ainda não é o bastante para abater o setor agropecuário, que assume a primeira posição nesta lista.

Os adeptos do movimento que evita o trânsito aéreo devem encontrar formas alternativas de deslocamento a longas distâncias. É claro que, no continente europeu, esse deslocamento é facilitado devido à malha ferroviária que já foi institucionalizada como um meio de transporte acessível entre países. Contudo, no Brasil, isso ainda não acontece. Ainda que se opte por transportes coletivos no deslocamento de médias e longas distâncias, como o ônibus ou carros compartilhados, a emissão de gás carbônico ainda será um problema. A prefeitura do Rio de Janeiro buscou contornar este problema incentivando o uso de bicicletas e, mais recentemente, as principais capitais brasileiras já viam o uso de bicicletas e patinetes elétricos compartilhados como forma de evitar o uso de carros particulares.

Para quem gosta de viajar, mas está tentado a aderir às novas formas de consumo em prol do meio ambiente, a internet está repleta de opções que podem ser de grande auxílio. É claro que algumas experiências são únicas e impossíveis de se reproduzir, mas há formas de contornar boa parte delas sem sair de casa. Para curtir um show ou acompanhar a final de um campeonato esportivo, por exemplo, é possível recorrer ao streaming. Já se o intuito é participar de forma mais interativa, como nos famosos jogos de Las Vegas, a internet pode oferecer as melhores casas de apostas para apostar online, sendo possível, inclusive, participar de jogos ao vivo e economizando na passagem e hospedagem. Também não é preciso se deslocar à França ou à Itália para provar da boa gastronomia: além de oferecer uma riqueza gastronômica própria, é muito comum encontrar restaurantes próximos à nossa casa que ofereçam os famosos pratos que dão água na boca de qualquer entusiasta cultural.

Para que possamos continuar desfrutando do melhor que o mundo nos dá, é preciso cuidar do meio ambiente e da nossa relação com os recursos que temos à mão. Não há formas palpáveis de contornar os erros do passado e descasos da humanidade senão pela revisitação aos nossos hábitos de consumo. Nosso dever é disseminar a consciência de que podemos ter acesso àquilo que desejamos de forma menos agressiva, preservando nosso bem mais valioso.