eatriz Ferrari e Derick Almeida

A destituição de Roger Agenlli da presidência da Vale está sacramentada. Nesta quinta-feira, os controladores da companhia finalmente admitiram que a troca será realizada. Uma empresa internacional de recrutamento de executivos será contratada para elaborar uma lista com três nomes, dentre os quais sairá o novo CEO da empresa.

A decisão de demitir um presidente que fez com que o lucro da Vale aumentasse 903% em dez anos só pode ser compreendida a luz de outros fatos que vão além dos meramente objetivos. A saída de Agnelli foi costurada na surdina. Emissários do governo pressionaram o grupo controlador com um único objetivo: tirar do caminho o executivo que impunha indesejáveis obstáculos aos interesses do governo na empresa.

É neste ambiente que se insere o nome a ser confirmado pelos controladores da Vale em 19 de abril. O escolhido, quem quer que seja, enfrentará pressões para equilibrar interesses da empresa e do Executivo. Contudo, na maioria das vezes, eficiência empresarial (e o conseqüente lucro do acionista) e interesses políticos caminham em direções opostas. A depender das opções que o novo CEO fizer, ficará mais claro de que lado ele se posicionará.

O site de VEJA ouviu especialistas para identificar possíveis testes a que será submetido o novo presidente da Vale, bem como o que deve representar suas possíveis escolhas.

Fonte: VEJA