RIO – O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou hoje que a companhia não deve sofrer influências diretas das instabilidades econômicas do mercado internacional. Evitando falar sobre a hipótese de uma moratória da dívida norte-americana – “há a possibilidade de ele (o presidente Barack Obama) fazer um decreto, tudo são hipóteses ainda” – Gabrielli destacou que o auge da crise internacional, em 2009 foi um período em que a Petrobras fez elevados volumes de captações de recursos.
Pouco antes, em palestra para empresários da cadeia de petróleo, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Gabrielli havia comentado sobre a necessidade de recursos para cumprir o plano de investimentos. “Qual é o limitador que nós temos? Todo mundo deve se perguntar: será que estes caras estão malucos? De onde terão dinheiro para fazer tudo isso? Nós achamos que não temos problemas graves de dinheiro. Teremos amortizações de cerca de US$ 30 bilhões em dívidas no período. Vamos ter fluxo de caixa, captações no mercado e ainda vender ativos num processo inédito de desinvestimentos”, afirmou.
Indagado em entrevista sobre a possibilidade de reduzir participações não somente em ativos exploratórios – como blocos de exploração fora do Brasil – mas também em empresas, Gabrielli destacou: “Hoje temos participações em mais de 300 empresas”.
fonte: Estadão