Apesar do aumento do IOF (Impostos sobre Operações Financeiras) sobre gastos com cartão de crédito no exterior, as despesas de brasileiros fora do país bateram novo recorde.
Em maio, foi gasto US$ 1,66 bilhão, valor recorde para este mês do ano, segundo dados do Banco Central. Em abril, as despesas foram de US$ 1,94 bilhão.
No acumulado do ano, o resultado também recorde foi de US$ 8,33 bilhões, ante US$ 5,73 bilhões no mesmo período de 2010.
Em todo o ano passado, os brasileiros gastaram US$ 16,4 bilhões fora do país, valor recorde para a série iniciada em 1947 pelo BC.
EXPORTAÇÕES
O Banco Central aumentou a previsão para as exportações brasileiras em 2011 e reduziu a expectativa de entrada de dólares para investimentos em ações e títulos públicos.
O valor das vendas para o exterior deve chegar ao valor recorde de US$ 250 bilhões. Há três meses, o BC esperava um resultado de US$ 240 bilhões. A previsão para importações subiu menos, de US$ 225 bilhões para US$ 230 bilhões.
Apesar de receber mais dólares no comércio exterior, o país deverá gastar mais com serviços e renda, devido ao aumento nas previsões de remessas de lucros e gastos de turistas no exterior.
Com isso, o deficit do país nas suas transações com o exterior deve ficar em US$ 60 bilhões, mesma previsão divulgada em março. Na comparação com o PIB (Produto Interno Bruto), a previsão caiu de 2,56% para 2,49%.
INVESTIMENTOS
A previsão do BC para os investimentos estrangeiros diretos em empresas foi mantida em US$ 55 bilhões. Na comparação com o PIB, a estimativa caiu de 2,35% para 2,28%.
Já a expectativa de aplicações de estrangeiros no mercado financeiro, que inclui ações e renda fixa, caiu de US$ 15 bilhões para US$ 7 bilhões.
MAIO
O deficit do país nas transações com o exterior subiu de US$ 3,5 bilhões para US$ 4,1 bilhões entre abril e maio, devido ao aumento nas remessas de lucros. Em 12 meses, chegou a US$ 51 bilhões (2,29% do PIB).
Os investimentos diretos caíram pelo terceiro mês seguido, para US$ 4 bilhões. Em 12 meses, o resultado de US$ 64 bilhões representa 2,88% do PIB.
Os investimentos em ações somam US$ 3,8 bilhões entre janeiro e maio, abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior. As aplicações em títulos estão negativas em US$ 731 milhões, depois que o governo aumentou a tributação sobre esse investimento.
fonte: folha de SP