Autoridades americanas anunciaram nesta sexta-feira (29) uma proposta de normas mais estritas sobre emissões dos veículos e a concentração de enxofre na gasolina como parte dos esforços do presidente Barack Obama para reduzir a poluição atmosférica.
As novas normas propostas pela Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) demandarão uma gasolina com baixíssimo teor de enxofre, bem como um controle maior das emissões nos canos de descarga de carros e caminhões leves.
“As normas propostas reduzirão os níveis de enxofre na gasolina em mais de 60% até 10 partes por milhão (ppm) até 2017”, disse a EPA em um comunicado.
“A proposta está desenhada para ser implementada no mesmo âmbito temporário da fase seguinte do programa nacional da EPA para reduzir a emissão de gases de efeito estufa (GEE) por parte dos automóveis e caminhões leves a partir de modelos do ano 2017”, acrescentou.
O governo Obama indicou que a proposta causará o aumento de 1 centavo de dólar no preço do galão (3,78 litros) de gasolina de venda ao consumidor. Mas os críticos dizem que os custos serão mais altos, com estimativas que vão de 6 a 9 centavos a mais por galão.
“Com o galão da gasolina a US$ 4 em muitas partes do país, não podemos nos dar ao luxo de políticas que subirão os preços do combustível”, disse o presidente do Comitê de Energia e Comércio da Câmara de Representantes, Fred Upton, um republicano de Michigan.
As manobras das empresas petroleiras para atrasar as normas fracassaram, segundo os meios de comunicação americanos.
Os defensores da nova norma saudaram a decisão como um passo crucial no segundo mandato de Obama. As novas normas poderiam ser “a política de poluição do ar mais importante que o presidente Obama adotará em seu segundo mandato”, disse William S. Becker, diretor executivo da Associação Nacional de Agências de Ar Limpo, em declarações ao jornal “The Washington Post”.
“Não há outra estratégia de controle da contaminação do ar que conhecemos que gere uma redução das emissões tão substancial, rentável e rápida”, acrescentou. As normas propostas serão publicadas no Registro Federal, após o que haverá um período de comentários públicos.