Uma central de comunicações da antiga polícia soviética KGB se abrigava no 23o andar do popular hotel Viru, na capital da Estônia, Tallinn.

Embora as memórias sobre a vida durante a União Soviética estejam se apagando, a exposição “Hotel Viru e a KGB” revive os dias da Guerra Fria, quando a agência turística soviética direcionava os turistas estrangeiros para o Viru, de modo que os serviços de inteligência pudessem espioná-los. Sinais suspeitos eram enviados para Moscou.

O hotel abriu seus aposentos antes secretas para a exposição, que começou neste ano.

“Tudo o que temos aqui agora é o quarto como eles deixaram em uma noite de 1991, quando a Estônia estava ficando perto de reconquistar sua independência, disse Peep Ehasalu, porta-voz do Viru, agora administrado pela rede de hotéis finlandesa Sokos.

A Estônia foi anexada pela antiga União Soviética, e apenas reconquistou sua independência em 1991. Juntou-se à União Europeia e à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) em 2004 e à eurozona neste ano.

A KGB usava uma “sala de rádio” no 23o andar para conexões com a embaixada soviética em Helsinki, 70 km através do mar Báltico, e comunicações diretas com Moscou.

Havia também cerca de dez pessoas trabalhando para a KGB nos quartos 307 e 315. De lá, eles grampeavam telefones dos hóspedes, estudavam arquivos dos funcionários do hotel, e liam relatos dos guias turísticos que atendiam os turistas.

De acordo com o site da cidade Tallinn, a exposição vai de 13 de janeiro até 31 de dezembro de 2011. Saiba onde fica no site do hotel.

fonte: DAVID MARDISE
DA REUTERS, EM TALLINN