Por Robson Fernando de Souza (da Redação)

Incêndio em fazenda alemã matou 85 camelos nesta quinta-feira (31) (Foto: Calw Police/AFP) 

Em mais uma combinação de exploração animal com tragédias contingentes, 85 camelos morreram ontem num incêndio numa fazenda no sudoeste da Alemanha, segundo a polícia local. Os bombeiros só conseguiram salvar cinco camelos da tragédia. As causas do incêndio ainda são desconhecidas.

A fazenda havia sido criada em 2002 por dois indivíduos que se diziam “apaixonados por camelos”. Apesar dessa (falsa) “paixão”, o estabelecimento basicamente os explorava como meios de transporte para passeios e também como objetos vivos de exibição. Os visitantes podiam interagir com os animais e passear montados neles. Excursões escolares também levavam crianças a contemplar os camelos como se fossem peças vivas de museu.

A revista alemã Der Spiegel, numa postura especista que considera animais meros recursos que valem dinheiro, afirmou que o “prejuízo material” estimado, somando os verdadeiros bens materiais na fazenda e os animais injustamente contabilizados como “bens”, estaria “entre 1 e 2 milhões de euros”, colocando em segundo plano o prejuízo irreversível da perda de vidas sencientes.

Se os camelos estivessem vivendo em liberdade, não teriam morrido, mesmo acidentalmente, sob mãos humanas. Infelizmente não tiveram respeitado o direito à liberdade, tendo sido explorados como objetos por todas as suas vidas até a sofrida morte no incêndio. Não é de se esperar boas notícias de fazendas de exploração animal, nas quais os animais morrem ou por acidentes, ou por doenças que não contrairiam no seu habitat natural, ou por abate nos matadouros.

Tragédias como essa só vão acabar quando a própria exploração animal, especialmente em fazendas, for abolida e todos os animais não doméstios passarem a viver em plena liberdade.

fonte: http://www.anda.jor.br