É comum acreditar que a preocupação ambiental e climática –inundação, desmatamento, erosão e extinção de espécies animais e vegetais– surgiu no século 20. Porém, de acordo com o professor José Augusto Pádua, doutor em ciência política e autor de “O que É Ecologia”, o debate está presente no Brasil desde 1786.
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Livro pioneiro reconstitui a crítica ambiental nos séculos 18 e 19 |
Em “Um Sopro de Destruição: Pensamento Político e Crítica Ambiental no Brasil Escravista (1786-1888)”, José Augusto analisa cerca de 150 documentos sobre a crítica ambiental do período.
Dentre os 50 autores dos textos examinados, escritos praticamente esquecidos pela história brasileira, estão nomes como José Bonifácio e Joaquim Nabuco, entre outros. Na época, intelectuais já percebiam as consequências das práticas devastadoras e a necessidade de reformas socioeconômicas profundas.
Para Regina Horta Duarte, professora do departamento de história da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), “livros como esse contribuem para alçar-nos para além do ‘sopro da destruição’, trazendo a chance, em nosso presente, de um ‘sopro de esperança’ que frutifique a possibilidade de um futuro.”
Fonte: Folha de São Paulo