VLADIMIR PLATONOW
DA AGÊNCIA BRASIL, NO RIO

A região serrana do Rio, fortemente atingida pelas enxurradas do dia 12 de janeiro, ainda luta para recuperar o turismo, setor que responde por cerca de um terço das receitas dos principais municípios serranos.

Para dar a volta por cima e atrair os visitantes que praticamente sumiram logo depois da tragédia de janeiro, os empresários estão apostando na alta temporada de inverno para recuperar as receitas.

“Se a gente chegar próximo ao movimento que tivemos no ano passado, que foi muito bom, já estaremos felizes”, afirmou o secretário de Turismo de Teresópolis, Michel Al Odeh.

Juntamente com Nova Friburgo e Petrópolis, o município foi um dos mais afetados pelas chuvas, que provocaram centenas de mortes, destruiram pousadas e afetaram a infraestrutura da região, principalmente as estradas.

Al Odeh informou que, em Teresópolis, o turismo responde por 15 mil empregos diretos e representa 32% da receita municipal, que tem na produção agrícola outra importante fonte de renda. Em 2010, segundo ele, 1 milhão de pessoas estiveram na cidade, de passagem ou hospedadas na rede hoteleira, que oferece 5.000 quartos.

Atento à necessidade de reativar o turismo na serra, o governo do Rio tem se esforçado em promover atividades de divulgação, reunindo empresários dos diversos segmentos. O encontro que ocorreu nesta quinta-feira (5), no Palácio do Itamaraty, no Rio, foi planejado para 150 pessoas, mas recebeu mais de 400 inscrições, entre hoteleiros, donos de pousadas e agentes de viagem.

A coordenadora do evento, subsecretária estadual de Comércio e Serviços, Dulce Ângela Procópio, acredita que é importante “vender” a serra fluminense como um único pacote, integrando os roteiros das principais cidades, nos moldes do que já é feito em outras regiões do país, como na Serra Gaúcha.

“Essa ação é específica para promover os três principais destinos da serra: Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo. Quatro meses depois [da tragédia das enxurradas], é hora de rearrumar a casa”, disse ela.

Fonte: VEJA