Em viagem oficial a Moscou, a ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) se reuniu nesta quinta-feira (9) com importadores russos de carnes bovina, suína e aves do Brasil. Ela defendeu a construção de uma cadeia global de produção de alimentos e disse que o isolamento prejudica países.
A ministra destacou a cooperação comercial consolidada entre os dois países. De toda a carne bovina importada pela Rússia, 58% são provenientes do Brasil. No caso dos suínos, o percentual salta para 82%.
“Hoje temos que apostar nas cadeias globais mundiais de produção, com dois, três ou mais países na mesma cadeia, cada um fazendo sua parte. As nações que pretenderem ter empresas exclusivamente nacionais ficarão fora do jogo. O isolamento dos países não faz bem a ninguém”, afirmou a ministra aos empresários.
A reunião, seguida de almoço, foi promovida pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), pela Cooperfrigu (Cooperativa dos Produtores de Carnes e Derivados de Gurupi) e pela Associação dos Importadores da Carne da Rússia.
Desempenho
Os empresários elogiaram o desempenho da pecuária brasileira. O vice-presidente do Conselho da Abrafrigo, José João Stival, disse que o setor passou a ter uma “nova perspectiva de negociações da carne”.
“Brasil e Rússia vivem situações delicadas neste momento, mas entendemos que juntos podemos solucionar vários dos nossos problemas”, assinalou.
Stival e outros empresários brasileiros fazem parte da comitiva que acompanha a ministra durante a missão, além do senador Wellington Fagundes (PR-MT), do deputado Irajá Abreu (PSD-TO) e do superintendente do Sebrae de Tocantins, Omar Hennemann.