A Estrada de Ferro Madeira Mamoré – EFMM 100 anos -, atual Patrimônio Cultural do Brasil, devidamente tombada pelo governo federal e atendendo à luta do povo rondoniense, está buscando a candidatura de Patrimônio da Humanidade – título concedido pela Unesco para os maiores bens materiais e imateriais da humanidade em todos os tempos – ao lado de Machu Picchu, Cataratas do Iguaçu, Coliseu Romano, Muralha da China  e outras maravilhas do mundo.

A EFMM 100 anos, verdadeiro santuário ecológico rondoniense e amazônico, tem em si todos os requisitos para ser um patrimônio cultural e ecológico, porque sua história mexe com corações e mentes de povos de todas as partes do Brasil e do planeta. A Madeira Mamoré centenária não pertence a Luis Leite, Borzakovi, Bertagna, Levy, Schokness, Hercules Goes, mas sim à humanidade e seus legados ao longo deste primeiro século.

A EFMM interessa aos gregos, aos árabes, aos americanos, aos ingleses, barbadianos, hindus e tantos povos que legaram pessoas para sua construção, e tombaram uma verdadeira batalha mundial que compõe sua história no inicio do século XXI, próximo a Primeira Guerra Mundial. Sua simbiose populacional tão forte tem atraído, ao longo dos anos, pessoas e pesquisadores com histórias diversas. Exemplo disso é o cônsul americano Gary Neeleman, que encontrou confederados norte-americanos em sua construção, ou de outros povos como ingleses que têm uma Sociedade de Preservação deste patrimônio, ou ainda americanos que têm outras sociedades de preservação dos ferrocarris e da Madeira Mamoré.
As discussões acerca da EFMM 100 anos e seu legado não podem ficar  restritas ao que restou do seu patrimônio material, que está ainda muito abandonado e merece o respeito e investimento a altura da importância deste santuário ecológico. O povo de Porto Velho e Rondônia apenas cuida, mas a EFMM pertence ao conjunto das pessoas do Brasil, do Globo e deveria ser um santuário intocado, como a própria Floresta Amazônica, evitando seu desmatamento, ou sua perda total.

As discussões devem versar acima de tudo sobre o Santuário Ecológico e Patrimônio Cultural Imaterial, que está acima do bem e do mal. Uma história construída ao longo de décadas com suor, sangue, lágrimas derramadas e afastamentos de famílias, e depois no tempo em que efetivamente serviu para os propósitos da borracha, da união de bolivianos, brasileiros, peruanos, etc.

Ao tempo que governos, entidades e pessoas se benzem neste santuário ecológico da EFMM 100 anos, nossas orações, discursos e posições devem estar sempre voltadas respeitosamente ao legado imaterial e memorial de tantos que se foram e cuja herança está posta para esta geração, que pode ajudar a construir mais um capitulo da humanidade.

Exemplos globais temos aos montes para seguir. Uma passada pelos estúdios da Warner Brothers nos Estados Unidos nos leva a ter como meditação, a maneira com que aqueles irmãos judeus fundadores levantaram uma marca e construíram um império baseado em películas fortes como Casablanca, que ganhou Oscar, Cheyenne da TV e tantos seriados que ao longo dos anos foram e continuam sendo marcas de um povo e de uma raça.

Os brasileiros têm varias marcas fortes e uma delas, objeto de livros, filmes, documentários é a EFMM 100 anos, um Santuário Ecológico, que busca a canonização para ser um Patrimônio Cultural e Histórico da Humanidade no inicio do século XXI.

Hercules Goes, fundador do Jornal e Revista Ecoturismo, mestrando em direito ambiental pela Unisantos, presidente da Soc pres do Pat Hist e Cult de Ro,Forum Permanente de Sustent da Amazônia, autor do livro Madeira Mamoré Patrimônio da Humanidade, escreve da sucursal americana da TV Ecoturismo em Los Angeles.
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