A colheita do urucum está a todo vapor em Rondônia. A semente é usada como corante e também para fazer o colorau, que é um condimento.
A atividade gera emprego e renda para mais de 400 produtores que trabalham na região de Corumbiara, a 156 quilômetros da cidade de Vilhena, no sul de Rondônia.
A base da economia local é a pecuária leiteira e o cultivo do urucum. São quase 800 hectares de área plantada e mais de 400 produtores rurais que trabalham com a atividade.
Na última safra, foram colhidas 950 toneladas de urucum. Para este ano, a falta de chuva na região causou uma perda de quase 30% na produção.
Um pé de urucum pode produzir até três quilos de grãos por safra. A colheita é feita manualmente e o ponto certo de iniciar o processo é quando está começando a abrir.
Depois de colhido, o urucum é amontoado para secar. Este processo pode durar até 15 dias. A secagem serve para manter a tinta vermelha de dá coloração do urucum.
Depois de seco, ele vai para triagem. Onde a casca é separada da semente.
Embalado, o urucum está pronto para a venda, mas os produtores estão encontrando problemas na hora da comercialização. “A gente já comercializou urucum aqui a R$ 3, hoje estão pagando apenas R$ 2”, diz um deles.
Tudo o que é produzido na região vai para o sudeste do país e abastece indústrias de cosmético, alimentos e roupas. Agora, o objetivo da classe é se unir para negociar direto com o consumidor.
“A cooperativa que está responsável por esta comercialização, devido a uma preocupação nossa, dos próprios produtores, aguardamos que a cooperativa consiga abrir este mercado e que nossos agricultores possam, a partir do ano que vem, negociar direto com as espresas via cooperativa”, explica João Elano de Lima, agrônomo da Emater.
O estado de Rondônia é o maior produtor nacional de urucum.
Globo Amazônia