Com apenas 7% de sua dimensão original, a Mata Atlântica passa a receber a mais ampla mobilização para recuperar o que já foi perdido. Lançado na última terça-feira (07/04), o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica obteve a adesão do WWF-Brasil entre outras 66 organizações – entidades ambientalistas, governos, empresas e instituições de pesquisa – que assumiram o desafio de elevar a cobertura do bioma no país para 30% até 2050. Segundo mapeamento, desenvolvido por especialistas ao longo de dois anos, 17,4 milhões de hectares de floresta nativa, distribuídos em onze estados, tem potencial de regeneração. A meta do Pacto é recuperar 15 milhões de hectares nos próximos 40 anos.
Coordenadora do Programa Mata Atlântica do WWF-Brasil, Luciana Simões, observa que a iniciativa está em sintonia com as estratégias para o bioma cujo foco é potencializar a restauração, criar e tornar efetivas as unidades de conservação. Recompor com vegetação nativa as áreas degradadas, além de proteger a biodiversidade e os serviços ambientais, também pode se constituir em fonte de renda ao proprietário rural. “Esse esforço é de extrema importância para o bioma e oferece ganhos não só ambientais, mas sociais e econômicos”, ressalta.
A Mata Atlântica está entre as 35 áreas naturais do planeta consideradas prioritárias pela rede WWF, por seu alto grau de vulnerabilidade e diversidade biológica. Mais da metade das espécies de animais brasileiros ameaçados de extinção depende da manutenção desse ecossistema. Essas mesmas áreas naturais são responsáveis pela água fornecida a 122 milhões de pessoas.
Fonte: WWF-Brasil
Foto: Glauco Umbelino