Por Fernanda Valente
São histórias como a do Matheus que nos trás inspiração para acreditar nos sonhos. O rapaz de carioca, de 19 anos vem de uma origem simples e começou a praticar a natação aos cinco anos devido a uma bronquite. “A partir do momento que entrei na piscina, me apaixonei e não parei mais de nadar”, explicou.
Mas a vida do nadador passou por muitos obstáculos. Aos 8 anos descobriu que estava com diabetes e passou a tomar insulina diariamente. Teve todo o apoio da família e com dietas balanceadas consegue encarar o problema. Começou a competir em 2008, mas conquistou o seu primeiro título nacional na categoria Juvenil I, em 2011. Depois disso, nadou pelo time brasileiro no Multinations, em Corfu, na Grécia, em 2012. Venceu em 2013 os 100 m livres e ficou em 3º nos 50m livres, no Sul-Americano Juvenil, realizado em Valparaiso, no Chile. No mesmo ano, foi classificado para o Mundial de Natação em Dubai, porém foi cortado da seleção por causa das alterações encontradas em seus exames, devido à alta taxa de diabetes. Mas ele superou, continuou seus treinamentos e tratamento e deu a volta por cima mais uma vez.
Nos Jogos Sul-Americanos de 2014, em Santiago, no Chile, ele conquistou três medalhas de ouro nos 100 metros livres, 4x100m livres e 4×100 m medley, batendo o recorde em todas as provas. A história se repetiu no Campeonato brasileiro Júnior e Sênior de natação, venceu nos 100 m livres, com o tempo 48s35. Por isso, é o atual recordista mundial Junior.
Conquistou medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2015, no Canadá e aos 19 anos, participou do seu primeiro Mundial Adulto, o Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos, onde terminou em quarto lugar na prova dos 4x100m livres, junto com outros grandes nadadores: João de Lucca, Marcelo Chierighini e Bruno Fratus.
Hoje, a partir das 16 horas, o nosso campeão Matheus Santana revezará a tocha, na nossa grande festa que está acontecendo agora, em Santos. Com humildade e simpatia ele fala de sua expectativa em ganhar o ouro na Olímpiadas: “Estou treinando todos os dias, quero vencer, mas temos que ser pé no chão porque tem muita gente boa e na natação milésimos faz toda a diferença”.