SÃO PAULO – Metalúrgicos da fábrica da General Motors em São José dos Campos (SP) entraram em greve nesta sexta-feira, após rejeitarem proposta da montadora sobre participação nos lucros. A paralisação está prevista para durar 24 horas.
Na última rodada de negociação com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, realizada na véspera, a GM propôs PLR de R$ 9.500 caso os trabalhadores atinjam 100% das metas impostas pela empresa, o equivalente à produção de 410 mil carros por ano nas fábricas de São José dos Campos e São Caetano, afirma o sindicato.
A proposta da montadora prevê ainda uma variação entre R$ 7.600 e R$ 11.500 para a PLR, de acordo com a produção, e antecipação de R$ 5.200.
O sindicato, por sua vez, cobra variação de R$ 10.020 a R$ 15.030, com antecipação de R$ 7 mil, que teria de ser paga ainda neste mês. No ano passado, cada trabalhador recebeu R$ 9.909 de PLR, segundo a entidade.
Uma nova assembleia está prevista para as 14h30 desta sexta-feira com funcionários do segundo turno.
Desde 29 de abril, ocorreram sete rodadas de negociação entre a montadora norte-americana e os metalúrgicos. A GM chegou a sugerir que a meta de produção superasse em 50 mil veículos o que foi produzido no ano passado, afirma o sindicato.
Em 2010, as fábricas de São José dos Campos e São Caetano produziram, juntas, 414 mil veículos. Ao final das negociações, a proposta da empresa chegou a 450 mil veículos a serem produzidos em 2011.
Procurada, a General Motors não pode comentar imediatamente o assunto.
No Paraná, trabalhadores da fábrica da Volkswagen em São José dos Pinhais seguem em greve desde o dia 5 deste mês, cobrando uma participação nos resultados de 12 mil reais. Na quinta-feira, os trabalhadores decidiram pela manutenção da paralisação até pelo menos segunda-feira, quando haverá nova assembleia.
(Por Vivian Pereira)
fonte: Estadão