A usina hidrelétrica de Belo Monte, em construção no rio Xingu, “será um exemplo para o mundo, não apenas como um colosso da moderna engenharia, mas principalmente como um modelo de desenvolvimento sustentável, com respeito absoluto ao meio ambiente e às populações estabelecidas no seu entorno”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ao participar, na manhã desta segunda-feira, em São Paulo, do IV Fórum Exame de Energia, organizado pela editora Abril e pela revista Exame.

Segundo o ministro, a usina, que terá capacidade de geração de 11 mil megawatts, tem sido injustamente combatida “num conluio de ignorância e má-fé, estimulado por organizações sem compromisso com o Brasil e com a defesa dos interesses nacionais”.
Limpa e renovável
Convidado a falar para empresários, especialistas, , representantes do governo e formadores de opinião pública, reunidos no evento, o ministro de Minas e Energia fez a defesa enfática do modelo energético adotado pelo país em 2003.
Edison Lobão alertou para o fato de que, em quinze anos, será preciso dobrar a capacidade instalada de geração, para atender à demanda gerada pela expansão do consumo, que, segundo ele, será de 5% ao ano. “Essa é uma realidade inescapável”, afirmou o ministro.
Para permitir que o País continue a crescer nos próximos anos, de forma sustentada, o governo planejou investimentos da ordem de R$ 214 bilhões em produção de energia elétrica, parte dos quais em usinas já autorizadas. Lobão confirmou que, ainda este ano, entram em operação as primeiras máquinas das usinas hidrelétricas de Santo Antonio, no rio Madeira, e a de Estreito, no Rio Tocantins.
O ministro defendeu enfaticamente a construção de hidrelétricas, “uma fonte de energia limpa e renovável”, ao mesmo tempo em que anunciou investimentos em produção a partir das fontes eólica, solar e a proveniente da biomassa.
Temos avançado muito na incorporação de outras fontes renováveis em nossa matriz de energia elétrica. Nos últimos anos, essa evolução tem sido significativa, principalmente m usinas de biomassa e eólicas, que complementam o parque de geração hidrelétrica – afirmou.
 
Eficiência
Ao mesmo tempo em que planeja e realiza investimentos em geração, distribuição e transmissão, o governo está investindo, de acordo com o ministro, em programas de conservação e eficiência energética, “que reduzem o consumo per capita, sem prejuízo do bem estar das pessoas e das atividades produtivas”.
O ministro acredita que em 2020, o Brasil terá economizado, com programas de eficiência, o correspondente à metade do atual consumo de energia da região Norte ou o equivalente à geração das usinas de Santo Antonio e Jiraus, que exigiram investimentos da ordem de R$ 29 bilhões.

fonte: MME