No momento, 10 museus já fazem parte do programa “Portas Abertas” que prevê a abertura dos atrativos aos sábados e domingo. Iniciativa atenderá, principalmente, o grande fluxo de turistas que procuram a capital no Verão
Por Geraldo Gurgel
Repleto de magia e encantos, o Pelourinho, no Centro Histórico de Salvador, ganhou um novo atrativo neste início do ano. Para atender o grande fluxo de turistas esperados para o verão, a prefeitura da cidade anunciou que 10 museus e espaços culturais ficarão abertos à visitação também nos finais de semana. Assim, turistas e moradores de Salvador poderão conhecer ainda melhor a cultura e a história da primeira capital do Brasil.
Batizado de “Portas Abertas”, a iniciativa faz parte da programação cultural do “Pelourinho Dia e Noite”. Nos espaços culturais, o público terá a oportunidade de conhecer documentos, fotografias, livros e prêmios recebidos por Jorge Amado; obras de arte do Golfo do Benin – de onde veio a maioria dos negros que povoaram o Recôncavo Baiano -, além da exposição de objetos representativos das três etnias que deram origem ao povo brasileiro: índios, brancos e negros.
“Essa iniciativa é muito importante tanto para o turista quanto para a população de Salvador. Tenho certeza que qualquer pessoa vai sair encantada com nossas riquezas”, destaca Fernando Guerreiro, presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM), responsável pelos equipamentos culturais da capital baiana.
Aliado às demais atrações do “Pelourinho Dia e Noite”, o “Portas Abertas” reforça a programação cultural na parte histórica de Salvador com expectativas positivas para vários outros setores, principalmente o turismo. Os museus funcionando nos finais de semana atraem visitantes e mais turistas em busca de outros serviços. Trata-se de uma iniciativa importante para aquecer a economia do turismo baiano e valorizar ainda mais o Pelourinho, tombado pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade.
Uma das novidades para o período é o Ajeum de Verão, programação dedicada á divulgação da culinária de origem africana – todos os dias até 19 de fevereiro – na Casa do Benin. Já o programa Concertos nas Igrejas, conta com apresentações musicais nas manhãs de domingo. A programação Infantil terá atrações no Largo de Santo Antônio.
Os visitantes que quiserem pegar dicas de atrações e funcionamento das mesmas contam com um Centro de Atendimento ao Turista (CAT) localizado no Elevador Lacerda, um dos principais cartões-postais da cidade e bastante utilizado pela população para o acesso entre as cidades Alta e Baixa.
CONHEÇA OS MUSEUS QUE ESTARÃO ABERTOS:
Fundação Casa de Jorge Amado – Fica no Largo do Pelourinho, com exposição permanente de documentos, fotografias, livros, apropriações populares e prêmios do escritor Jorge Amado.
Casa do Benin – Localizada na Fundação Gregório de Matos, também no Pelourinho, apresenta rica coleção de objetos e obras de arte da região do Benin.
Vila Étnica – No Largo Terreiro de Jesus, Pelourinho, bem no coração do Centro Histórico, abriga objetos representativos das três etnias que deram origem ao povo brasileiro: índios, brancos e negros.
Museu Abelardo Rodrigues – Localizado no Pelourinho, reúne Imagens, pinturas, oratórios, crucifixos e fragmentos de talha. É a mais valiosa coleção de arte sacra do Brasil.
Museu da Misericórdia – Na Praça da Sé, o acervo tem 3.874 peças catalogadas, que datam do século XVII até os dias atuais. Documentos diversos, como: alfaias, imobiliários, imaginários e paramentos.
Museu Eugênio Teixeira Leal – Portas do Carmo, no Pelourinho, retrata a história do dinheiro através de cinco mil peças, que incluem cédulas, moedas, medalhas, condecorações nacionais e estrangeiras. Destaque para peças raras do Império Romano, Bizantino e Idade Média.
Museu Tempostal – Localizado no Pelourinho, reúne postais, estampas e fotografias, que representam imagens de valor histórico, artístico e cultural.
Museu Udo Knoff – Azulejaria e Cerâmica, também no Pelourinho, da coleção Udo Knoff, mestre da azulejaria até a primeira metade do século passado, com cerca de 1.200 peças.
Solar Ferrão – Tombado pelo Iphan em 1938, no Pelourinho, o casarão possui seis andares e abriga a galeria Solar Ferrão, o Museu Abelardo Rodrigues, além de quatro coleções: Arte Africana, Arte Popular, Coleção Walter Smetak e Coleção de Instrumentos Musicais de Emília Biancardi.
Museu da Gastronomia Baiana – Fica na Praça José de Alencar, no Largo do Pelourinho e foi o primeiro museu da América Latina a abordar a culinária. O MGBA ganha destaque no cenário nacional ao mostrar de forma permanente a tradição gastronômica da Bahia e a importância da comida na formação da identidade do baiano.
Fonte: Ministério do Turismo