Deputado Jorge AmanajásEm uma década de atuação parlamentar um professor preocupado com as problemáticas da Amazônia se consolidou na política amapaense. Reconhecido pela preocupação que possui em sanar seus compromissos, ele conquistou a admiração do povo, ganhou o respeito dos colegas, cresceu no trabalho que desenvolve no Amapá e como costuma dizer: teve saldos positivos mesmo com erros e decepções.

Jorge Amanajás é um educador que se destacou como um político que busca apresentar caminhos para o desenvolvimento do Estado.  Como presidente da Assembléia Legislativa foi o grande responsável pelo link entre a população e o Governo. Mediou ainda vários encontros dos servidores estaduais com o governador Waldez Góes, mantendo a postura de lutar pelos trabalhadores quando necessário e ficar ao lado do governo quando o interesse também é o avanço do Estado, pois ele considera no desenvolvimento da região que ele mesmo costuma dizer não ser apenas de rios e florestas, mas uma área rica em potencial e acolhedora das pessoas dos mais diversos lugares do Brasil.

O deputado estadual Jorge Amanajás (PSDB), presidente da Assembléia Legislativa, defende em seus discursos que o resto do Brasil e a humanidade também têm que ser responsáveis pela preservação da Amazônia. Para demonstrar sua preocupação especialmente com os problemas que cercam a região mais rica do mundo, o parlamentar narra a história do agricultor conhecido por Curupira, de 80 anos, que conheceu numa das visitas que fez ao Município de Laranjal do Jari.

Deputado Jorge Amanajás“A história dele é igual a de tantos outros brasileiros que vieram para ocupar a região incentivados pelo Governo Federal. Hoje, o seu Curupira está impedido de desenvolver algumas atividades que fazia antigamente porque ele, assim como outros tantos  brasileiros, agora estão  sendo criminalizados”, frisou.
Ao fazer o desabafo, Jorge Amanajás, reconhece que as mudanças nas leis precisam ser cumpridas, mas essas alterações precisam levar em consideração a população tradicional que vive na região.

“O seu Curupira e assim como outros brasileiros, não tiveram e nem terão tempo de se adaptar a nova realidade das leis. Cabe então a todos nós, sempre que tivermos de fazer essas mudanças, levar em consideração o seu Curupira, lá de Laranjal do Jari ou o caboclo lá do Alto Tapajós, do Oiapoque, enfim, o povo nativo daqui”.

Amanajás também cita as diferenças que existem na Amazônia tanto no que diz respeito a biodiversidade, a cultura, as riquezas e aos costumes. Ele afirmou que mais do que ninguém, quem tem mais interesse de preservar todo esse patrimônio são os 25 milhões de brasileiros que vivem na Amazônia.

“Sempre quando se fala em Amazônia mundo afora, nós amazônidas somos pintados como os grandes vilões do desmatamento, o que sabemos não ser realidade. Mas essa acusação existe apenas por interesses localizados, pois sabemos que se deixarmos de ter a floresta, vai faltar chuva no Centro-Oeste, vai faltar chuva nos laranjais da Califórnia, nos Estados Unidos, o clima na Europa vai mudar, o mundo sentirá os efeitos. Talvez os que defendam a Amazônia estejam interessados só nisso, mas nós estamos interessados em pessoas como o seu Curupira, ou as dezenas de milhares de pessoas que vivem à beira dos rios, dos nossos índios, dos nossos caboclos, dos nossos quilombolas”, critica.

Deputado Jorge AmanajásAo receber o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes em sessão solene realizada no plenário da AL, no dia 20 de março deste ano, o deputado foi enfático ao afirmar que no Amapá, a Assembleia Legislativa tem levantado essa bandeira como forma de mostrar para o resto do Brasil e para o mundo que a opinião de quem vive na região deve ser respeitada. Ele também reclamou que as decisões tomadas nos últimos anos, como a criação de leis rigorosas, são influenciadas pelo cenário internacional, que não leva em consideração a população local.

“O Amapá está fazendo a sua parte. Temos aqui 98% de nossas florestas totalmente preservadas, fora os 75% da nossa área territorial transformadas em reservas. Agora todos precisam saber que isso tem um custo muito alto que precisa ser dividido com o resto do País e também com a humanidade”, defendeu.

Amanajás tem orgulho de ser amapaense, ter nascido em Macapá, próximo à praça Nossa Senhora da Conceição, no Trem, e fazer parte de uma família de pessoas humildes, simples, pioneiros, gente que ama a agricultura como seus pais que até hoje  mantém esse vínculo forte, o que não impediu de valorizar a educação a ponto de incentivar os filhos a estudar. Jorge é engenheiro civil, licenciado em Física, especialista em educação e inglês.  Nesses 10 anos ele conseguiu provar ser possível o Amapá transformar-se num grande produtor de alimentos; criou leis para garantir o acesso das pessoas humildes na universidade; viajou pelo Brasil para mostrar a viabilidade do Estado; manteve a harmonia entre os Poderes abrindo diálogos com todos, principalmente com o governador Waldez Góes.

Fonte: Revista Ecoturismo