Jerôme Valcke está preocupado com situação das estruturas temporárias (crédito: Tânia Rego/AgBRasil)

Jerôme Valcke está preocupado com situação das estruturas temporárias (crédito: Tânia Rego/AgBRasil)

A menos de três meses da Copa do Mundo, o secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, reforçou o discurso sobre o legado que a competição vai deixar em solo brasileiro. Em entrevista ao site oficial da federação máxima do futebol mundial, o dirigente também salientou que a entidade não utilizou dinheiro do governo brasileiro para organizar a Copa.

“A Fifa não usa nenhum dinheiro público. A Fifa não usa nenhum dinheiro do Brasil, exceto dos parceiros comerciais brasileiros que assinaram um contrato. O custo da Copa para a Fifa é de 1,3 bilhões de dólares (cerca de R$ 3 bilhões). A Fifa não está pedindo ajuda financeira para as autoridades. O que for gasto vai continuar no Brasil. É gasto com infraestrutura, que não vamos tirar quando formos embora. A Copa do Mundo promove educação e trabalho para as pessoas das cidades. É um legado para o país. É um legado como foi o caso da Alemanha em 2006. Ganha uma estrutura para receber mais turistas. Será um país aonde pessoas gostarão de ir”, disse Valcke.

No início da semana, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, voltou a dizer que a Copa corre o risco de não acontecer em Porto Alegre, já que a definição sobre quem vai arcar com os custos da estruturas temporárias não foi definido. Jerôme Valcke se mostra preocupado com a situação.

“Fora do estádio não existe pavimentação. Não podemos instalar as estruturas de TV e os centros de hospitalidade sem pavimentação. Estamos falando de 140 mil metros quadrados. Leva dois a três meses para fazer e estamos a três meses da Copa. Não é só a Fifa que está na corrida”, destacou Valcke.

Mesmo com todos os problemas estruturais, atrasos nos estádios e nas obras de mobilidade urbana, Jerôme Valcke não esconde a ansiedade pelo início do Mundial, marcado para o dia 12 de junho, em São Paulo, com a partida entre Brasil e Croácia. Ele revela o desejo de proporcionar uma Copa “perfeita” para todas as seleções que passarem por aqui.

“Estou ansioso para a realização da Copa, para a realização dos 64 jogos, para ter certeza de que os 32 times dirão ao final que foi a melhor Copa, que tudo foi perfeito no que diz respeito aos treinos, aos jogos, à organização. Quero ter certeza de que as centenas de milhares de turistas que virão ao Brasil vão desfrutar nesse período, de que os estádios não enfrentarão problemas, de que, mesmo com manifestações nas ruas, as pessoas que tenham ingressos possam ir aos estádios. Não podemos desapontar os fãs de futebol com esta Copa, que é o maior evento esportivo que temos uma vez a cada quatro anos. Meu objetivo é garantir que Brasil, FIFA e COL, juntos, darão este diamante ao mundo”, completou Valcke.

Fonte: Portal 2014