A cidade de Mongaguá, que apaga 50 primaveras no final deste ano, está localizada há 123 km da capital paulista e atrai milhares de turistas durante todo o ano.
Mongaguá é palavra indígena que quer dizer “água pegajosa”. Sua origem deve-se aos índios guaranis que acampavam junto ao rio Aguapeú. Com a intensificação das viagens dos colonizadores através da praia, surgiram as primeiras cabanas de pessoas hábeis no lidar com os índios e brancos.
Emissários de Martim Afonso de Souza, capitães de mato e jesuítas, encontravam em Mongaguá um lugar de descanso ideal para as suas viagens colonizadoras. Os primeiros moradores, entretanto, não se fixaram. Aos poucos, com o domínio lusitano, o litoral tornou-se habitável, surgindo então, as primeiras propriedades. Na época haviam morros de divisa de capitanias, situando-se Mongaguá, parte na Capitania de São Vicente e parte na Capitania de Itanháem, limites que eram considerados com grande rigidez.
Em 1776, em leilão público, foi arrematado o sítio de Mongaguá, tornando-se seu proprietário o coronel Bonifácio José de Andrada, pai do Patriarca da Independência, José Bonifácio de Andrada e Silva, surgindo “cortes de terras” com pequenas metragens de frente para o mar. Iam esses terrenos até os espigões da serra. Mongaguá iniciou-se, contudo, com a formação da Companhia de Melhoramentos da Praia Grande, empreendimento que não logrou êxito e, somente após a II Guerra Mundial, o núcleo começou a se desenvolver. Tomou impulso com a construção da Estrada de Rodagem Manoel da Nóbrega, ligando-o a São Paulo, por intermédio das Rodovias Pedro Taques e Anchieta.
Estação da Praia Grande
Antes de receber este nome, o município de Mongaguá era conhecido como “Estação da Praia Grande”. Ele surgiu do desdobramento de parte dos municípios de Itanhaém e São Vicente e recebeu este nome porque um dos rios que cortam a cidade é o rio Mongaguá, palavra Tupi-Guarani que significa “Lama Pegajosa” ou “Água Barrenta”.
O município, porém, teve outros nomes como “Terra dos Santos dos Milagres” e “Terra dos Padres” e foi emancipado em 31 de dezembro de 1958, desmembrando-se do município de Itanhaém pela Lei Estadual nº 5 258, de 31/12/1959. No entanto, a data do aniversário adotada pela cidade foi a do plebiscito em que a população votou pela sua independência – 7 de dezembro de 1959 – e não a data da elevação à categoria de Município. Com 13 km de orla marítima e uma única praia, possui rios navegáveis, onde circulam barcos de pequeno calado, além das atrações proporcionadas pelo turismo ecológico.
Pontos Turísticos
Poço das Antas
O Poço das Antas possui cachoeiras, piscinas naturais de água corrente e trilhas ecológicas. Recebeu esse nome porque os índios guaranis acreditavam que as pedras do local pareciam antas. O Poço tem sanitários, churrasqueiras, estacionamento, salva-vidas, quiosques, enfim, a infra-estrutura completa para receber bem os turistas e munícipes.
Endereço: Rua da Cascata, s/n, Estrada da Pedreira – Centro
Parque ecológico A Tribuna
Inaugurado em 1996, o Parque Ecológico A Tribuna fica em frente à Plataforma de Pesca, na Avenida Mário Covas Júnior. Viveiros com diversos tipos de pássaros, serpentário, aquários e espaço para cursos e palestras são distribuídos nos 5.500m2 de área do local.
Endereço: Avenida Mário Covas Júnior, 10.410 – Agenor de Campos.
Morro dos macacos (Monumento de Nossa Senhora Aparecida e Skate Park)
No Morro dos Macacos é possível fazer uma trilha ecológica bem no Centro, além de visitar a imagem da padroeira da Cidade, Nossa Senhora Aparecida, que mede 14,5 metros de altura. Para chegar ao monumento, é necessário subir 139 degraus em meio à mata nativa. Do deck, a 30 metros do chão, pode-se avistar a Serra do Mar, partes da orla e a divisa com Praia Grande. No local também há uma capela, onde um terço é rezado todo dia doze.
O Skate Park, destinado à prática de esportes radicais, fica logo na entrada do morro, com uma pista de 600 m2, arquibancada para 200 pessoas, iluminação, estacionamento para bicicleta e guarita de segurança.
Endereço: Avenida Marina, s/n – Centro
Belvedere
Localizado no bairro do Aguapeú, a um quilômetro do centro da cidade, o Belvedere abriga a torre de transmissora de televisão da cidade. Do local é possível avistar toda a cidade.
Endereço: Mirante Vera Cruz, Aguapeú
Feiras de Artesanato
Mongaguá possui três feiras de artesanato. No Centro, Vera Cruz e Agenor de Campos. Os artesãos e artistas plásticos da cidade expõem seus produtos nos quase 200 boxes.
Endereços: Centro – Entre a Praça Jacob Koukdjian e a praia Vera Cruz – Rua Embaixador Pedro de Toledo com Márcio Covas Júnior Agenor de Campos – Em frente à Plataforma de Pesca, na orlaCasa da Memória
A Casa da Memória, inaugurada em 2007, possui acervo histórico dos 49 anos de Mongaguá com fotografias, documentos e objetos. Os guias são capacitados e conhecem tudo sobre a história da Cidade.
Endereço: Rua Brasília Teixeira Seckler, 20 – Centro.
Plataforma Marítima
A Plataforma Marítima de Pesca Amadora é a segunda maior da América Latina. Em formato de ‘T’, ela avança 400 metros mar adentro e 200 metros para os lados. Há anos fechado, o equipamento passa por reforma atualmente. A previsão é que fique pronta em meados deste ano.
Endereço: Avenida Governador Mário Covas Júnior,10.181- Agenor de Campos
População
2007 – 40.423 (IBGE)
Área da unidade territorial
143 Km²
Festa Religiosa – Festa da Padroeira Nossa Sra. Aparecida 09 a 12/outFesta de Iemanjá
06, 07, 13 e 14/dezAniversário da Cidade – 7/dez
Fonte: Revista Ecoturismo
Foto: Fred Casagrande