Pesquisadores do Wolf Team se reuniram para debater meios de informar produtores e agrônomos sobre a importância de um manejo ideal de resistência de ervas
Os principais pesquisadores de plantas daninhas do país, integrantes do Wolf Team, se reuniram na última semana em Campinas, interior de São Paulo, para discutir formas de capacitar melhor produtores e agrônomos e auxiliar no manejo eficaz de herbicidas nas lavouras brasileiras. O grupo, formado pela UPL do Brasil, busca pensar e planejar o futuro da resistência de plantas daninhas nos próximos anos e enxerga a informação como divisor de águas para o aumento da produtividade e rentabilidade no campo.
“Existem vários fatores que influem em um manejo ideal de plantas daninhas, como horário, clima, tecnologia usada na aplicação dos produtos, maquinário, entre outras questões. Isso é tão importante quanto o herbicida utilizado. Somente com capacitação e atualização contínua é possível entender as mudanças e atingir um resultado eficaz. Como pesquisadores, temos que ajudar o agricultor nesta tarefa. Este parceria para a conscientização pode influir e muito no controle de resistência”, explica Alberto Leão, professor da Universidade de Rio Verde.
Para Dionísio Luiz Pisa Gazziero, pesquisador da Embrapa Soja de Londrina, esta capacitação passa descobrir o melhor canal para as pesquisas e estudos desenvolvidos cheguem aos produtores. “Temos que encontrar formas de permear este conteúdo até os produtores eficientemente. Muitas vezes a informação até chega, mas não se dá a devida importância. Estamos estudando o futuro e precisamos planejar ele agora nas nossas lavouras para que tenhamos o controle das plantas daninhas. Existem situações alarmantes em outros países que podem chegar aqui, por exemplo. Se pudermos antever surtos e impedir o avanço deles, conseguiremos melhorar a produtividade da nossa agricultora”.
Segundo Luciano Zanotto, Gerente de Produtos Herbicidas da UPL Brasil, o Wolf Team reúne conhecimentos de pesquisadores de diversas culturas e localidades do país em busca de respostas para o campo. “Cada pesquisador traz a realidade da região e da cultura em que trabalha, mas no fim o problema é o mesmo. Estamos preocupados com a resistência de plantas daninhas crescente a cada safra. Nada melhor do que nos unirmos para pensarmos soluções para ajudar nossos agricultores”, completa.