Para a PM, ação dos três homens evitou que o saldo da tragédia fosse pior

Sargento Márcio Alves, herói do Massacre na Escola em Realengo ( Domingos Peixoto / Agência O Globo)

Sargento Márcio Alves, herói do Massacre na Escola em Realengo ( Domingos Peixoto / Agência O Globo)

Os policiais que impediram o atirador Wellington Menezes de Oliveira de seguir com a chacina de crianças na escola de Realengo receberão nesta terça-feira, em uma cerimônia com a presença do governador Sérgio Cabral, uma promoção. De acordo com a Polícia Militar, os cabos Denilson Francisco de Paula e Ednei Feliciano da Silva ganharão o título de terceiro-sargento. Já o terceiro-sargento Márcio Alexandre Alves, que atirou em Wellington, será promovido a segundo-sargento.

O sargento Alves baleou o atirador antes que o criminoso alcançasse o terceiro andar a Escola Municipal Tasso da Silveira, evitando que Wellington invadisse mais salas de aulas repletas de alunos. O PM disparou duas vezes e conseguiu acertar o abdômen do criminoso, que caiu da escada e atirou contra a própria cabeça em seguida.

Na segunda-feira, o policial retornou ao palco do massacre, a pedido do deputado federal Mendonça Prado (DEM-SE), para explicar como foi sua atuação no dia da tragédia. “Quando estou em casa, fico o tempo todo tentando esquecer, mas venho para cá e tudo volta na minha cabeça”, afirmou. Alves, porém, se negou a subir as escadas onde trocou tiros com Wellington. “Naquele dia, subi as escadas para que isso não se tornasse a Columbine brasileira. Hoje não quis subir para não reviver tudo o que aconteceu”, disse.

Também assistirão à homenagem aos policiais o presidente da República em exercício, Michel Temer, o secretário de segurança do Rio, José Mariano Beltrame, e o Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Mário Sergio de Brito Duarte. Para a PM, a ação dos três policiais evitou que o saldo da tragédia – 12 crianças mortas e 12 feridas – fosse ainda mais sangrento.

Fonte: VEJA