Para o prefeito, o maior desafio é tornar esse tema uma política nacional cada vez mais forte
 
A nova função foi criada pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), nesta terça-feira, (7), durante a terceira edição do Encontro dos Municípios com Desenvolvimento Solidário (EMDS), que acontece em Brasília e vai até amanhã (9).
De acordo com Maurício, um dos grandes desafios para o fortalecimento da economia solidária no país é expandir a discussão sobre a temática e apresentar a proposta para cidades que ainda não tenham desenvolvido ações nessa área.

“O maior desafio é tornar esse tema uma política nacional cada vez mais forte” resumiu.
O prefeito observou que a economia solidária já se mostrou uma alternativa eficaz para redução da pobreza, emancipação dos trabalhadores e a diminuição dos danos ambientais.
“Criar uma vice-presidência de Economia Solidária reside na conclusão de que esse é um tema político que precisa ser debatido de maneira organizada”, disse. “A minha prioridade será divulgar boas experiências. Com a ajuda da direção da FNP e da Rede de Gestores de Políticas Públicas de Economia Solidária, espero estabelecer um contato amplo com quem faz na ponta para poder construir a melhor forma de atuação nessa área”, completou.
 Á frente de Ubatuba há dois anos e meio, o prefeito Maurício já consegue quantificar os ganhos da economia solidária na cidade. Entre os resultados, ele cita a alta na compra de alimentos de agricultor familiar para merenda escolar que saltou de R$ 30 mil, para R$ 1 milhão, no período.
“Esse dinheiro ia para empresas distribuidoras de alimentos e passou a ficar no município, o que gera inclusão social e estimula a economia local”, defendeu.
“Nós também percebemos que, quando a gente passa a defender o agricultor rural, ele preserva a natureza. É um ganho em cadeia”, explicou.
O diretor do Departamento de Estudos e Divulgação da Secretaria Nacional de Economia Solidária, Valmor Schiochet, também reconheceu a importância da criação da vice-presidência e destacou que se trata de mais um espaço de discussão e construção de políticas públicas no setor. “A FNP tem sido aberta e solícita. Hoje é um grande parceiro e motivador para implementação de economia solidária no país”, disse.