Conservação de Florestas e de Rios, Agricultura Familiar, Educação Ambiental e Turismo Sustentável – O Instituto Supereco investe em todos esses setores capacitando educadores e comunidades locais. E convida a todos para participar!

 

Educação pela Sustentabilidade. Essa é parte da missão do Instituto Supereco que completa 20 anos de atividades em outubro e tem trabalhado intensamente no litoral norte de SP por meio do Projeto Tecendo as Águas. Com dois anos de duração, o Projeto (que chega à metade de seu percurso) tem como uma das metas o plantio de 8,5 mil árvores nativas na região, incluindo alguns sistemas agroflorestais (mudas nativas intercaladas com feijão, por exemplo, para que seja possível colheita enquanto as árvores crescem). A restauração das matas ciliares já é obrigatória por lei, então o projeto visa ajudar o produtor nesse processo, mas mantendo, simultaneamente, a geração de renda com a produção de alimentos.

 

Com o patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, o Tecendo as Águas já capacitou 110 educadores da rede pública de ensino da região de São Sebastião e Caraguatatuba, além de 1450 pessoas que atuam como multiplicadoras dos objetivos do Projeto e 70 gestores de diversas áreas socioambientais para se envolverem diretamente nas ações. “Acreditamos que a mudança planetária deve acontecer pela educação. Por isso, articulamos redes de parcerias envolvendo educadores, órgãos públicos, empresas e comunidades”, explica a bióloga André de Ridder Vieira, fundadora do Supereco.

 

A ONG está oferecendo gratuitamente à comunidade um curso de biomapas para que todos conheçam melhor o lugar onde vivem a fim de que essas informações gerem soluções para os problemas locais e possam ser executadas de forma individual ou coletiva. O curso incluiu navegação para se ter uma visão costeira de São Sebastião e atualmente conduz atividades de campo para explorar aspectos ligados ao usos da água, saneamento básico, ocupação e uso do solo, vegetação e turismo.

 

Ações a todo vapor no Cidade

Desde 2003 o Supereco atua em Corredores de Biodiversidades de todo o Brasil e focou o Corredor da Serra do Mar do Litoral Norte para seu programa institucional Planejando a Nossa Paisagem, que contempla o Tecendo as Águas. Isso porque a região possui uma faixa contínua de remanescentes da Mata Atlântica e duas bacias (dos rios Juqueriquerê e São Francisco) prioritárias e críticas para o abastecimento de cerca de 50 mil pessoas. Com o objetivo de preservar esses rios desde as suas nascentes e proporcionar melhor qualidade de vida e saúde, o projeto atua em duas frentes, nos meios urbano e rural.

A Campanha “Se Liga Nessa Bacia”, incentiva a adesão à rede de esgoto da Sabesp (já disponível) por meio de atividades educativas, culturais e num trabalho corpo a corpo visitando casas e explicando a importância de se tratar o esgoto. A ONG também desenvolveu um Caderno Ambiental chamado “Saberes das Águas” voltado pra crianças e jovens e que tem um personagem real – o Seu Áureo, um representante da cultura caiçara e contador de histórias que vive há 85 anos em São Sebastião e conheceu os rios que abastecem a região quando ainda não eram poluídos e tinham suas matas preservadas.

“Quando eu era adolescente podia nadar e até beber a água do Rio São Francisco. Adorávamos brincar de canoa quando a maré enchia. Nos arredores tinha anta, porco-do-mato e aves como tucano, macuco e jacu. Hoje, poluído com esgoto, o rio não parece o mesmo. Inclusive, no meu bairro, a maioria das casas não tem rede de esgoto”, conta o morador que já foi impressor, padeiro e pedreiro.

Ações a todo vapor no Campo

Na área rural da bacia do rio Juqueriquerê, o projeto capacita pequenos produtores para investirem em tratamentos alternativos de esgoto como a fossa biodigestora, que transforma os dejetos em adubo. Uma dessas fossas já foi instalada na região em julho. Vale lembrar que esse é o Ano Internacional da Agricultura Familiar (instituído pela ONU) em reconhecimento à contribuição que tem esse meio de produção para a erradicação da pobreza no mundo. Cerca de 85% das propriedades rurais do Brasil são unidades familiares, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). O levantamento mostra que a agricultura familiar representa 33% do Produto Interno Bruto (PIB) Agropecuário e emprega mais de 12 milhões de pessoas (74% da mão de obra do campo). Em São Paulo são 151 mil propriedades familiares que asseguram emprego para 328 mil pessoas.

“O projeto valoriza o homem do campo. Incentiva propriedades produtivas e sustentáveis, mas que também sejam socialmente justas e gerem renda para o pequeno produtor. Também mobilizamos este público a praticar o bom uso e a conservação das nascentes dos rios”, relata Andrée. A equipe do Supereco tem aplicado questionários aos moradores da região de Caraguatatuba que resultam em diagnósticos sobre a situação no campo e na cidade.

Turismo Sustentável

O desenvolvimento do turismo sustentável e com respeito às comunidades locais, especialmente na região do bairro de São Francisco (em São Sebastião) se tornou o enfoque especial   do projeto. Embora riquíssimo em atrativos como as construções antigas, a cultura caiçara que paira no ar, o histórico convento de frente para o mar e as tradicionais panelas de barro, o bairro é pouco explorado nesse segmento. O projeto tem feito o levantamento das condições físicas e rentáveis dos atrativos, e também buscado junto à comunidade aspectos culturais, riquezas naturais, histórias e lendas que possam ser potencializadas por um turismo sustentável.

 

Educomunicacação

O Projeto visa ainda capacitar comunidades para que possam produzir seus próprios materiais educativos e de informação tendo como tema a situação das águas da região de São Sebastião e Caraguatatuba, seus problemas e potencialidades. Assim,  profissionais da área de Comunicação estarão ensinando como montar uma rádio (ou criar programas e produtos de rádio), como desenvolver audiovisuais e vídeos ambientais e atuar por meio das mídias sociais e em sites.

 

COMO PARTICIPAR

Os moradores da região do litoral norte podem participar ativamente das ações socioambientais do Projeto Tecendo as Águas. Basta acompanhar o calendário de ações pelo facebook do projeto e se inscrever em oficinas, mutirões, concursos e eventos culturais. Há várias ações aos finais de semana, cursos com certificado e atividades que podem acolher voluntários, artistas, ambientalistas, estudantes, professores, agricultores, comerciantes e qualquer pessoa interessada em meio ambiente e sustentabilidade. Para quem não está no litoral norte de SP, o convite é para acompanhar e postar sugestões na página Tecendo as Águas do facebook.

Projeto Tecendo as Águas:

Facebook.com/TecendoasAguas

@tecendoasaguas

 

Saiba mais sobre o Instituto Supereco:

Sede em São Sebastião – Fones (12) 3892-6292/6293

www.supereco.org.br

Facebook.com/institutosupereco

@institutosupereco

Quem faz

O Projeto “Tecendo as Águas” é realizado em parceria com a Chevrolet e o Instituto Educa Brasil, com patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental e tem seis objetivos que se conectam no sentido de trabalhar a floresta, a água, educação, saúde, cultura, turismo, geração de renda e qualidade de vida: “Saberes das Águas”, “Se Ligue nas Águas”, “Conhecendo as Águas”, “Caminho das Águas”, “Águas da Mata” e “No Ritmo das Águas”. Conta também com o apoio do Comitê das Bacias Hidrográficas do Litoral Norte (CBHLN), das prefeituras de São Sebastião e de Caraguatatuba, do Instituto Trata Brasil, da rede Made In Forest, do Centro de Educação Ambiental de Guarulhos (CEAG) e da Organização Brasileira de Mulheres Empresárias (OBME).

Sobre o Instituto Supereco

O Supereco é uma OSCIP que atua há 20 anos (a serem completados em outubro) com a missão de promover a educação ambiental como ferramenta estratégica de conservação ambiental aliada ao desenvolvimento humano. Os 23 Programas, projetos e intervenções de educação pela sustentabilidade, abrangendo todos os Biomas do Brasil, formaram mais de 10.500 educadores e lideranças multiplicadoras em educação ambiental, atenderam mais de 1,5 milhão de crianças e jovens em programas de educação ambiental presencial e à distância, contemplaram 900 mil participantes diretos nas intervenções socioambientais e produziram 95 publicações especializadas na área.