COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O processo é longo. Você se apaixona por um produto, não resiste ao design, compra, leva para casa, usa e descarta. Para onde ele vai?

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Família não consome industrializados ou alimentos com conservantes

“O lixo parece mágico”, diz Valéria Rodrigues Garcia, diretora de estudos e pesquisas do Procon-SP. “Você joga fora e seu metro quadrado está limpo, mas as ruas não.” As vias reúnem coisas que vão de cocô de cachorro a sofás que não prestam para estar dentro de casa. “O consumidor deveria perguntar ao fabricante por que o sofá não dura mais que dois anos”, afirma Valéria.

Segundo a diretora da entidade, para mudar a alta produção de lixo, o consumidor deveria planejar suas compras e ter uma ideia de quanto vai consumir para evitar o desperdício.

Outras saídas, no plano individual, seriam “exigir que os comerciantes apresentassem alternativas melhores para as embalagens, que os produtos tivessem maior qualidade e durabilidade”, de acordo com Valéria.

“No plano coletivo, é preciso haver uma política pública que faça as empresas serem responsáveis pelo lixo que produzem.”

O tempo de decomposição de cada resíduo varia de fonte para fonte e, como diz Valéria, não é muito confiável. Sobre o vidro, as informações vão de quatro mil anos até um milhão de anos. Os dados sobre embalagens PET também variam: de cem anos a tempo indeterminado.

Fonte: Folha.com