Já estão na comunidade quilombola Timingu, a 50 quilômetros de Santarém (oeste do Pará), 209 bovinos oriundos de fazendas localizadas dentro da Reserva Nacional de Jamaxin, em Novo Progresso (sudoeste do estado). Apreendidos durante a operação Boi Pirata, que durou oito meses e foi concluída no dia 28/1, os 800 animais retirados de área de preservação ambiental foram distribuídos para programas sociais dos governos do Pará, Mato Grosso e da Bahia.
Cerca de três mil famílias, de 10 comunidades quilombolas, em Santarém, foram contempladas. Segundo o presidente da Federação das Organizações Quilombolas de Santarém, Dileudo Guimarães dos Santos, a comunidade Timingu oferece espaço adequado, alimentação farta e segurança para os animais. “Daremos continuidade a cria dos animais e o lucro que obtivermos será revertido em melhorias para todos”, disse Guimarães.
Os animais entregues tiveram todas as medidas sanitárias legais executadas como vacinação contra a febre aftosa e brucelose, além da isenção de Guia de Transito Animal (GTA). Procedimentos necessários para a efetivação do trânsito. Além disso, uma equipe da Secretaria de Agricultura do Estado foi montada para o acompanhamento técnico dos animais dentro da comunidade até que os quilombolas se apropriem das técnicas de manejo.
A Operação Boi Pirata envolveu os órgãos federais – Segurança Nacional, Força Nacional, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, Ministério do Desenvolvimento Social, Ministério do Meio Ambiente -; e os órgãos estaduais – Secretaria de Estado de Agricultura, Agência de Defesa Agropecuária do Pará, Emater, Companhia Nacional de Abastecimento, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Prefeitura Municipal.
Assessoria de imprensa do Governo do Pará