A Cordilheira dos Andes, uma maiores cadeias montanhosas do mundo, é um espetáculo da natureza na América do Sul. No voo panorâmico ou por outros mecanismos, sua visão é deslumbrante e exibe uma verdade: existe um Deus para controlar este Universo. Com todas as suas vicissitudes e incongruências naturais e praticadas pelos seres que foram escolhidos para habitar o planeta.

 

Perto da cordilheira o ser humano fica tão pequeno e tão insignificante que parece inexistir.  Segundo relato de um dos maiores médicos e escritores do Brasil, Drauzio Varella, em memorável artigo escrito na Folha de São Paulo de 9 de abril de 2011,em uma viagem de carro que fez à Cordilheira, que abriga a Rodovia Interoceânica, a medida que o carro sobe as montanhas, aumenta a profundidade dos precipícios, e o viajante que consegue chegar a beira deles, sem vertigem, ao olhar morro abaixo percebe que a distância até o rio que corre sinuoso no fundo da garganta angustiada entre as bases dos penhascos é maior do que aquela que vai da estrada ate os picos mais elevados.

 

O ponto culminante da viagem esta na altura de 4200 metros, com falta de oxigênio que acelera a freqüência cardíaca. Os Andes não estiveram sempre naquele lugar, já que todo norte da América do Sul era uma região de relevo baixo ocupada pela floresta amazônica. Nessa pan Amazônia, os rios da bacia do Amazonas, Orenoco e Magdalena, corriam para desaguar no Pacífico.

 

Num período de 65 a 33 milhões de anos atrás, ocorre um rompimento de placas tectônicas à s margens do Oceano Pacífico, levantando rochas descomunais, provocando erupções vulcânicas na região que avança para o norte paralela à Costa do Chile.

 

A partir de longínquos 23 milhões de anos atrás, novas fragmentações de placas seguidas de sucessivas colisões entre elas no subsolo da América do Sul e do Caribe intensificaram emergências de montanhas e vulcões na parte central e no norte do nosso continente, num movimento para o alto que chegou até a Venezuela. Esses abalos se repetiram por milhões de anos, até que o maciço dos Andes acabou por barrar a passagem do Rio Amazonas, do rio Negro e Solimões e dos outros rios que se dirigiam para o Oceano Pacífico.

 

Impedidas de seguir, as águas ficaram represadas formando lagos enormes e florestas alagadas num conjunto com o nome de Sistema Pebas. Prensadas contra a Cordilheira dos Andes, as águas forçaram caminho no sentido oposto e há 10 milhões de anos atrás, o Rio Amazonas e todos os rios que formam a sua bacia, finalmente conseguiram chegar ao Oceano Atlântico, esvaziando os lagos que constituíam o Sistema Pebas, assim a Amazônia abandonava o estágio de lago e voltava ao estágio fluvial.

 

Esses fenômenos geológicos no decorrer de dezenas de milhões de anos não foram apenas responsáveis por inverter o curso de nossos maiores rios, mas provocaram alterações no clima e na composição do solo explicando o por que de ser a Amazônia o ECOSSISTEMA TERRESTRE COM A MAIOR BIODIVERSIDADE DO PLANETA TERRA.

 

Milhões de anos após, já agora na nossa era, homens e mulheres construíram as Civilizações Perdidas dos Incas e dos Maias, dizimadas por europeus naquela região, e mais recente a construção de uma epopeica Rodovia do Pacífico, ou Interoceanica, que vai fazer novamente esta ”conexão geológica“ do Rio Amazonas, que ia no passado distante para o Pacífico e chegou ao Atlântico, e agora os homens brasileiros, peruanos, bolivianos, farão o caminho ida e volta, fazendo o abraço dos Oceanos Atlântico e Pacífico, binariamente e trilhando um só caminho, com Rotas Rodoviárias Andes Pacífico- Atlântico.

 

O simbolismo do término e construção da sonhada Rodovia do Pacífico, ou Transoceanica, traz no seu bojo a oportunidade de juntar povos que viviam de costas uns para os outros e que através da via terrestre, iniciarão um longo processo de integração pela cultura, turismo, meio ambiente, música, artes, negócios e sinergia de figuras mitológicas e aprendizados de todos os lados.

 

O mitológico Peru e sua cultura arqueológica e milenar, traz a lenda viva de Machu Picchu, da civilização perdida dos Incas e toda a sua história, abrindo-se para exposições de ícones como Vargas Llosa, Susana Baca, entre outros. E  a integração com a história de Cusco e Puno, que atraem milhões de pessoas de todo o mundo, gente simples e famosa como Mick Jagger dos, Rollings Stones que acaba de conhecer a lendária história da Quarta Maior Maravilha do Mundo, descoberta há 100 anos pelo professor e pesquisador norte americano Hiran Bingham, que em uma expedição levantou para a humanidade este tesouro que foi imortalizado no cinema pelo ator Harrison Ford (O Indiana Jones) e sua trilogia hollywoodiana. Eis uma das razões por que do convite dos dirigentes do IX Seminário Internacional de Sustentabilidade ao icônico ator norte americano para vir à Rondônia, discorrer sobre a lenda e o mito que povoam a imaginação de gente de todo o universo.

 

Os 100 anos de Machu Picchu e a visão do Condor Andino abrem uma nova perspectiva de estudos científicos e culturais abertos aos turistas brasileiros, em viagem privilegiada pela rota rodoviária e ferroviária no trecho peruano, juntando a cultura, o turismo acreano que se abre na fronteira com o pais governado por Ollanta Humala, assim como o turismo rondoniense, também lincado nesta Rodovia e Roteiro Turístico Andes Pacífico e Atlântico.

 

A ligação interoceanica Atlântico-Pacífico e abraçada pela Cordilheira dos Andes, mostrará fatores significativos como a gastronomia peruana, sua música, sua historia arqueológica e milenar e a implementação de roteiros eco turísticos, sugeridos pela Associação Odebrecht que acaba de entregar a obra para as nações mas, vai implementar negócios entre os países, já que foi criada a Zona de Integração Fronteiriça Brasil Peru.

 

A meta dos países fronteiriços deste encanto milenar no entorno geográfico abrangido é do estabelecimento de livre passagem na fronteira de moradores vizinhos com transportes fluviais , que ligarão agora as regiões peruanas ao Acre e Rondônia.

 

Haverá trânsito livre de veículos turísticos entre ambos os países, incrementando o comércio bilateral e um novo marco de desenvolvimento acreano e amazônico, criando um novo pólo de fomento comercial e intercambio na América do Sul, com impactos positivos na indústria, comércio, hotelaria, serviços, turismo e meio ambiente.

 

Um grande fluxo de turistas brasileiros de todas as regiões já está se formando para implementar este novo Olhar Bilateral Oceano Atlantico e Pacifico e Andes, através de viagens, de carros, de motos, de ônibus com empresas pioneiras como a peruana Ormeno, Eucatur e outras num leva e trás que vai mudar o roteiro geográfico do turismo brasileiro nos próximos anos.

 

Diante da importância histórica, cultura e comercial, este caldeirão estará todo sendo fervido por ocasião do IX Seminário Internacional de Sustentabilidade e X Prêmio Ecoturismo & Justiça Climática , nos dias 17 e 18 de novembro na Faculdade São Lucas, em Porto Velho, capital de Rondônia. Filmes peruanos, rondonienses e acreanos serão exibidos e conferências para abrir a mente do povo para estes temas da implementação turística, cultural, arqueológica, sustentável da Rodovia Interoceanica e conferencistas do calibre de Janett Benevides, Rafo León, Elson Espinoza, Jesus Carranza, Ramiro Diase Susana Baca do lado peruano, deverão formar o time estrangeiro. Já do lado brasileiro, na integração a Secretaria de Turismo e Lazer do Acre, Ilmara Lima, o empresário e investidor Cassiano Marques, o grupo cultural Pacha Mama e secretários rondonienses, bem como empresários daquele estado que vão discutir as ações da Irsa –  Integração Sul Americana e o Guia de La Interoceanica, no retorno  milenar do Rio Amazonas e seus afluentes ao “leito antigo e natural”.

 

O sucesso deste seminário integracional já leva a reserva para a versão 2012 que será nos dias 29 e 30 de novembro e a expectativa do maior sucesso nesta versão de 2011 nos dias 17 e 18 de novembro, com centenas de inscrições no momento em que uma Rede de Televisão brasileira vai iniciar mais um grande programa chamado Amazônia, comandado pelo parceiro ambientalista da Revista Ecoturismo, Victor Fasano, que colaborou na edição do livro Arqueologia da Amazônia Tridimensional cujo segundo volume estará sendo escrito a partir deste encontro no Areópago da Faculdade São Lucas.

Inscrições pelo www.revistaecoturismo.com.br com direito a certificado de participação, e patrocínio da Eletrobras e Usinas Ferreira Gomes.