De acordo com estudo da Universidade de Yale, o nível de proteínas contido na pele está ligado ao contido nos ossos
Está na cara: pesquisa afirma que quantidade de rugas pode ser um sinal de risco de fraturas (Thinkstock)
“Quanto mais rugas, mais a densidade óssea diminui” — Lubna Pal, professora de obstetrícia, ginecologia e fertilidade da faculdade de medicina de Yale
A presença e a profundidade das rugas no rosto e no pescoço podem ajudar a prever os riscos de fraturas ósseas entre mulheres, segundo um estudo americano publicado nesta segunda-feira. A explicação leva em conta o fato segundo o qual o nível de proteínas contido na pele está ligado ao contido nos ossos, na opinião de pesquisadores da Universidade de Yale, deduzindo que se o rosto e o pescoço de uma mulher são marcados por rugas profundas, ela apresenta um maior risco de fratura, devido à perda de densidade óssea.
Os cientistas examinaram 114 mulheres na menopausa que pararam de menstruar num período de pelo menos três anos, como parte de um teste clínico ainda em curso nos Etados Unidos. Estudaram a pele das pacientes, com destaque para 11 pontos do rosto e do pescoço, visualmente e com um aparelho destinado a medir a elasticidade da pele da fronte e das laterais da face. A massa e a densidade ósseas foram medidas por ultrassonografia e raios X.
“Descobrimos que quando as rugas tornam-se mais numerosas e mais profundas estão ligadas a uma perda de densidade óssea”, explicou Lubna Pal, professora de obstetrícia, ginecologia e fertilidade da faculdade de medicina de Yale. “Quanto mais rugas, mais a densidade óssea diminui, independentemente da idade ou de outros fatores que influenciam a formação de massa óssea”, segundo a pesquisadora.
Para ela, a descoberta é importante porque permitirá aos clínicos identificar os riscos de fraturas entre as mulheres por uma simples observação visual, economizando os exames mais caros. Os trabalhos sobre o assunto foram apresentados por ocasião de uma conferência da Sociedade de Endocrinologia americana em Boston (Massachusetts, nordeste).
(Com Agência France Presse)
Fonte: VEJA