Uma pessoa que morreu no sábado (18) em São Bernardo do Campo, município do ABC paulista, pode ter sido contaminada pelo vírus influenza H1N1, a inicialmente chamada gripe suína, informou a prefeitura da cidade. A confirmação ainda depende do resultado dos exames laboratoriais que estão sendo realizados no Instituto Adolfo Lutz.

Os detalhes sobre a vítima e as informações sobre o trabalho municipal contra a nova doença só serão divulgados pelo secretário de Saúde de São Bernardo do Campo, Arthur Chiaro, em entrevista coletiva, às 15h, na sede da prefeitura.

Se for confirmado, será o primeiro caso naquele município. Mais seis casos de morte por contágio da nova gripe estão sendo investigados em Campinas e dois em Valinhos. De acordo com o último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, até ontem foram registrados no país 15 casos de morte por influenza A.

Dois desses casos ocorreram em Osasco, na Grande São Paulo, onde foi detectada a transmissão sustentada – contágio entre pessoas que não viajaram para fora do país e nem tiveram contato com vítimas do exterior.

Amazonas

A Secretaria de Saúde do Amazonas confirmou o segundo caso de influenza A no Estado. É um rapaz de 20 anos que estuda na Nova Zelândia, considerada uma das áreas de risco mundial para contaminação da doença, e que chegou a Manaus no último dia 5.

Segundo o diretor-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), Evandro Melo, por ter apresentado os sintomas assim que desembarcou na capital amazonense, o jovem foi isolado para o tratamento adequado.

Segundo Melo, o rapaz já está curado. “Esse jovem recebeu todo apoio necessário e o tratamento recomendado. Ele teve contato com dois familiares que também estão em observação até amanhã. Até o momento, nenhum deles manifestou qualquer sintoma da doença”, afirmou Melo.

O primeiro caso confirmado de gripe suína no Amazonas foi identificado na última semana de junho, um atleta da Federação de Judô do Amazonas. Tanto ele quanto o segundo caso da doença em território amazonense já estão fora de perigo.

De acordo com o Comitê de Prevenção e Controle da Influenza A no Amazonas, continuam intensas as ações para o combate a doença. No extremo oeste do Amazonas, em Tabatinga – cidade que faz fronteira com Colômbia e Peru – militares do Comando Militar da Amazônia reforçam o monitoramento para impedir a proliferação da doença no Estado.

A circulação de pessoas será observada e todos terão orientações reforçadas sobre a doença. Uma unidade de referência em Tabatinga já está preparada para atender casos de gripe suína.

Folha de São Paulo