Pesquisadores brasileiros e europeus trazem abordagens sobre como a engenharia genética pode contribuir para tornar a produção de alimentos mais sustentável

Neste dia 23 de junho, o Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB) participou da Expo Milão 2015 no seminário “O Papel da Biotecnologia nas Cadeias Agroalimentares: segurança alimentar, preservação ambiental e benefícios nutricionais”. O evento faz parte de uma parceria do CIB com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e tem como objetivo promover o debate sobre a alimentação no mundo de forma sustentável.

A palestra de abertura foi ministrada pelo advogado e coordenador do painel, Reginaldo Minaré. Em seguida, a diretora-executiva do CIB, Adriana Brondani, fala sobre a “Situação Atual e Perspectivas Futuras da Biotecnologia no Brasil”. A executiva afirma que a participação em uma feira global é uma oportunidade de diálogo sobre a inovação no campo. “O Brasil tem uma experiência positiva no que diz respeito ao uso de tecnologia na agricultura, queremos compartilhar nosso conhecimento e entender como podemos avançar ainda mais no sentido de uma produção sustentável de alimentos”.

Também participaram do seminário os pesquisadores brasileiros Flávio Finardi e Hugo Molinari. Finardi é PhD em Ciência dos Alimentos pela Universidade de São Paulo (USP) e foi presidente da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) entre 2012 e 2013. No evento, ele fala sobre como a estabilidade do marco regulatório e o rigor científico são fundamentais para garantir a biossegurança dos produtos geneticamente modificados no Brasil. Molinari, cientista da Embrapa e doutor em agronomia, por sua vez, vai mostrar à audiência da feira como a empresa brasileira já está lançando mão da engenharia genética para o desenvolvimento de plantas com características de interesse.

Completaram a sessão os cientistas europeus Klaus Ammann e Sylvia Burssens. Amman é professor emérito na Universidade de Berna e ex-membro do Comitê de Biossegurança da Suíça e da Federação Europeia de Biotecnologia. Em sua palestra, ele vai abordar como a biotecnologia, longe de ser uma ameaça à biodiversidade, pode dar substanciais contribuições para sua preservação. Concluirá o painel a pesquisadora Sylvia Burssens, PhD em Biotecnologia Vegetal pela Universidade de Ghent (Bélgica), no laboratório de Marc Van Montagu, um dos pioneiros na aplicação de técnicas de engenharia genética em plantas. A doutora revela como a transgenia é uma ferramenta essencial para produzir mais e melhores alimentos, contribuindo para atingir as metas definidas pelas Nações Unidas na Rio+20: combater a fome, lutar contra a pobreza e salvar o planeta.

O seminário “O Papel da Biotecnologia nas Cadeias Agroalimentares: segurança alimentar, preservação ambiental e benefícios nutricionais” faz parte da “Mesa Redonda Brasileira: Buscando Soluções para o Comércio Internacional de Alimentos” coordenada pela CNA. A série de debates ocorre entre os dias 23 e 25 de junho no pavilhão Brasil da Expo Milão, cuja organização é da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). A feira que ocorre a cada 5 anos em uma cidade do mundo e, desta vez, tem o tema “Alimentando o Planeta, Energia para a Vida”.

Sobre o CIB

O Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), criado no Brasil em 2001, é uma organização não governamental, cuja missão é atuar na difusão de informações técnico-científicas sobre biotecnologia e suas aplicações. Na Internet, você pode nos conhecer melhor por meio do sitewww.cib.org.br e de nossos perfis no Facebook, no Twitter e no Youtube.