090123090123_ambiente_226Enquanto muitos países no mundo utilizam energia de fontes consideradas poluentes, como termelétricas a carvão e diesel e usinas nucleares, para suas atividades econômicas, o Brasil passou a difundir a ideia de que seus produtos e serviços são ecologicamente corretos, que são sustentáveis, já que a manufatura é realizada a partir de hidrelétricas, um fonte considerada limpa.

Mais de 80% de toda a energia utilizada por fábricas, empresas, comércio e residências vêm de usinas hidrelétricas, ou seja, a partir da água. Esse dado é hoje usado por todos players da economia nacional como argumento comercial, já que as exigências ambientais, seja legalmente ou seja do próprio consumidor, ganharam importância nos últimos anos.

A questão é: será que ecoeficiência é preservar o meio ambiente? Será que ser sustentável é atender as demandas do stakeholders e do planeta? Especialistas afirmam que, para uma companhia ser considerada ecoeficiente e sustentável, deve integrar um sistema todo ambientalmente correto. Segundo Hans Michael Bellen, no seu livro Indicadores de Sustentabilidade, “um único ator, como uma empresa ou comunidade, não pode ser considerado sustentável em si mesmo; uma parte não pode ser sustentável se outras não o são”.

Se o conceito de sustentabilidade é maior do que se pensa, o argumento de que o Brasil comercializa produtos ecologicamente corretos com suas hidrelétricas cai por terra. Pois o País criou um enorme passivo ambiental quando começou a construir as grandes usinas, como Itaipu e Tucuruí, por exemplo. Quando prontas, a energia gerada realmente é limpa. Mas o processo de represamento de rios causa grandes alagamentos e a consequente perda de fauna e flora.

De qualquer forma, muitas empresas investem em processos que aumentem seus índices de sustentabilidade. Um dos setores que mais buscam soluções ambientais é o de tecnologia e informática. Fabricantes e vendedores de computadores, impressoras e multifuncionais, e acessórios estão cada vez mais preocupados em dar o melhor destino para o chamado lixo eletrônico, altamente poluente.

Um dos grandes exemplos de sustentabilidade vem da Petrobras na Amazônia. Nos últimos anos, os investimentos da empresa destinados a projetos no bioma amazônico atingiram cerca de US$ 50 milhões em mais de 100 programas de preservação e educação, o que beneficiou 110 mil pessoas e viabilizou a proteção de dezenas espécies de animais nativos. No total, a empresa investiu quase US$ 1 bilhão em projetos ambientais e sociais em todo o país.

Uma das iniciativas da Petrobras na Amazônia é o Biomapas, cuja base é o uso da tecnologia digital para divulgar toda a riqueza de fauna e flora da região. Lançado em 2010, o  projeto traz informações sobre os ecossistemas encontrados na Província Petrolífera de Urucu. O site apresenta, de forma interativa, curiosidades sobre espécies nativas vegetais, como goiaba de anta, caroba, breu, pará-pará, e animais, como piaba e estalador-do-norte.